A melhoria na distribuição de renda e os avanços sociais provocados pelo Piso Mínimo Regional no Paraná ganharam destaque nesta quarta-feira (4) na Assembléia. “O Piso Regional é o melhor mecanismo para distribuir a riqueza entre os cidadãos do Estado, garantindo mais justiça social à população paranaense. Por isso, tenho convicção que os demais deputados não negarão seu apoio na hora de votar e aprovar o mesmo”, declarou o deputado e líder do PMDB, Waldyr Pugliesi.O projeto do governador Roberto Requião reajusta em 8,5% o Piso Regional do Paraná, instituído em maio do ano passado. Pela proposta, o valor passa de R$ 427,00 e R$ 437,80 para R$ 462,00 e R$ 462,20, dependendo da categoria profissional. O novo piso, 25% mais alto que o salário mínimo nacional de R$ 380, será votado na próxima segunda-feira (9).“Acredito que não teremos problemas porque fomos eleitos para representar o povo e esta proposta vai ao encontro dos anseios da população, principalmente a mais necessitada”, declarou. Pugliesi lembrou que o Estado é o terceiro do país a implantar um salário diferenciado junto com Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. “Com esta medida, o governador Requião atende os trabalhadores que não tem amparo de acordo ou convenção coletiva de trabalho”, destacou.O novo valor do piso foi definido pelo Governo juntamente com as sindicais trabalhistas. A votação na Assembléia será acompanhada por uma Câmara Técnica formada pelos representantes das entidades. O Paraná, destacou Pugliesi, é um dos estados mais ricos da nação e detém a quinta economia do país atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, de acordo com o Produto Interno Bruto, o PIB.“Todos nós sabemos que o trabalhador com um salário maior têm condições de garantir mais dignidade para sua família, além de representar um maior aquecimento da economia com o aumento do volume de vendas no comércio”, destacou. O líder do PMDB recordou ainda da criação do piso regional, em 2007. “Alguns empresários acreditavam que o salário maior geraria desemprego. Hoje ficou provado que estavam errados e os próprios dados do Dieese confirmam um crescimento significativo de empregos e da renda dos trabalhadores”.Empregos – Pugliesi ilustrou o pronunciamento destacando os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo o órgão, em 2006 foram gerados 115 mil empregos, mais de 70 mil no interior do Estado. “Para se ter uma idéia da seriedade com que o PMDB trata a questão do trabalhador do Paraná, desde janeiro de 2003, quando Requião assumiu o governo, foram gerados mais de 352 mil novos empregos formais”.Ainda de acordo com o Caged, nos dois primeiros meses de 2007 foram abertos 22.821 novos postos de trabalhos no Paraná, enquanto no Brasil a média foi de menos 3,8%. “Sabemos que em alguns setores, em especial da alimentação, existem casos de empresas que se negam a cumprir o Piso Regional, mas esta é uma distorção que será corrigida com o tempo e a conscientização dos empregadores”, concluiu.Foto: Nani Góis