Amélia Hruschka

A mulher mourãoense de maior destaque na política do Paraná tem agora 90 anos. Dedicada às causas sociais muito antes de pensar em política, Amélia de Almeida Hruschka elegeu-se vereadora com 14% dos votos válidos da cidade, o que hoje significaria uma votação de pouco mais de 7 mil votos, marca que jamais passou perto de ser superada. Em sua primeira eleição para deputada, saiu de Campo Mourão com 12 mil votos, o que na época já lhe garantiria o mandato. Contudo, fez mais 24 mil votos na Comcam, sendo-lhe conferida a 11ª colocação do estado.

Filha de José Marques de Almeida e Maria Gonçalves de Almeida, ela nasceu em Lins, interior de São Paulo. Naquela cidade formou-se professora na Escola Normal e acompanhou a família para Londrina em 1949. Seu pai era cafeicultor e pecuarista e adquiriu a fazenda Santa Cruz, em Goioerê, na região de Campo Mourão. Dona Amélia desembarcou em Campo Mourão com a família em 1953. Esteve entre esta cidade e São Paulo para cursar direito; e manteve-se entre Curitiba e Campo Mourão para exercer seus dois mandatos de deputada. Fora isso, depois de aqui chegar, só esteve fora a passeio.

Dona Amelinha é lembrada como a “mãe dos pobres” em Campo Mourão. Sempre esteve ocupada com os mais desfavorecidos. É viúva do ex-vereador Alfonso Germano Hruschka, mas também viu chegarem à Câmara Municipal um de seus filhos, Celso Hruschka, e a neta Naiany Hruschka Salvadori, presente na atual legislatura.

Teve quatro filhos: Afonso Celso, Marcelo, Greice Mara e Carla Patrícia. A História de Campo Mourão se confunde com a vida da professora, advogada, vereadora, deputada e suplente de Senador.

Suas ações assistenciais alcançaram a muitos mourãoenses. Em 1957 fundou a primeira sociedade beneficente de Campo Mourão, chamada “As bandeirantes da caridade”; idealizou o primeiro “Natal dos pobres”; participou da fundação da APMI (Associação de Proteção à Maternidade e à Infância) de Campo Mourão; da Guarda Mirim; do Lar do Menor “Dom Bosco”; do primeiro Clube de Mães; do SOS (Serviço de Obras Sociais); do Cemic (Centro de Estudo do Menor e Integração na Comunidade); além dos clubes dos engraxates e dos jornaleiros; foi ainda integrante do albergue noturno e secretária da APAE.

Ela criou cinco creches e mais de 40 entidades beneficentes em Campo Mourão e região. O trabalho assistencial lhe rendeu muito prestígio. Foi vereadora de 1977 a 1982, com 99% de suas proposições na área social. Como deputada estadual por dois mandatos, é autora da lei que emancipou Luiziana e da lei que institui a obrigatoriedade do ensino de direitos humanos nas escolas. Em 1979 foi eleita suplente do senador da República Afonso Camargo Neto e também foi superintendente da Legião Brasileira de Assistência (LBA). Seu lema sempre foi “A família e o próximo com os mesmos direitos”, sua atitude é parte de nossa história.

 

* (As informações contidas no perfil do deputado são de responsabilidade da assessoria do próprio parlamentar)

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