Ottoni Maciel
Ottoni Ferreira Maciel era filho do poderoso fazendeiro coronel Pedro Ferreira Maciel e de Margarida Ferreira Maciel.
Nasceu no dia 28 de outubro de 1870, em Palmeira (PR).
Estudou o preparatório no colégio Partenon, dirigido pelo professor Laurentino de Azambuja. Apesar de não ter se diplomado em Direito, exerceu a advocacia por anos em Palmeira.
Muito jovem, empolgou-se com as ideias republicanas e, em dezembro de 1891, foi eleito deputado para o Congresso Constituinte.
Foi o mais jovem a integrar a Comissão que elaborou a Carta Constitucional de 7 de abril de 1892. Mais tarde, por motivos pessoais, acabou renunciando ao mandato.
Em 1893 foi nomeado delegado Literário da 3ª Circunscrição Escolar do Estado.
Durante a revolução federalista, Ottoni Maciel ocupou o posto de tenente coronel da Guarda Nacional, o 10º corpo de cavalaria da mencionada corporação com sede em Palmeira. Fez parte do combate de Rio das Pedras, em São Mateus.
Em 1896 foi eleito deputado do Congresso Legislativo do Paraná, sendo reeleito nas duas legislaturas seguintes.
Quanto Ottoni Maciel ocupava o cargo de promotor público da comarca de Palmeira, foi eleito 1º vice-presidente do Estado do Paraná, no dia 20 de outubro de 1907.
"Acompanhou o Dr. João Cândido Ferreira quando este renunciou o cargo de presidente, vítima do maquiavélico plano político da então chamada "coligação". No livro "Bastidores Políticos", Ottoni Maciel historia perfeitamente este período da política paranaense, transcrevendo documentos comprobatórios da traição de seus companheiros de partido".
Retornou à vida pública e foi eleito deputado estadual no biênio 1914/1915, foi 2º vice-presidente da Casa.
Em março de 1918, integrou a 3ª Comissão de Inquérito da Câmara, em companhia de Cincinato Braga, Thomaz Accioly, entre outros, e a Comissão de Marinha de Guerra.
Os pareceres formulados por ele receberam aplausos dos outros deputados e de conceituados jornais da época, como "O País", do Rio de Janeiro.
Presidiu a Câmara Municipal de Palmeira por vários períodos.
No Paraná, Ottoni Maciel foi o líder da Aliança Liberal, no movimento de ideias que, em 1929, preparou o espírito público para a revolução de 1930.
O presidente da Aliança Liberal do Brasil, Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, na época, elogiou Maciel: "Ottoni Maciel foi no Paraná, a nossa principal coluna. Fez pela nossa causa os maiores sacrifícios. Tem direito ao nosso maior apreço".
No dia 5 de outubro de 1930, quando as forças armadas do Paraná acompanharam a revolução que dominou Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, Ottoni Maciel, com 60 anos, ocupou a trincheira. De acordo com a orientação de chefes revolucionários e auxílio de amigos, como o coronel Francisco Sá, e do Marechal Mallet, levantou os municípios da linha Sul, abrindo caminho para as forças revolucionárias que, sob comando de Miguel Costa, seguiam para São Paulo.
Ocupou o alto cargo de Conselheiro de Estado do Governo Manoel Ribas. "Os seus pareceres plenos de justiça sempre mereceram o aplauso de seus colegas e da imprensa local".
Colaborou na imprensa paranaense, principalmente nos jornais "Diário da Tarde", "Gazeta do Povo" e "O Dia", sendo um dos fundadores deste último. "Seus artigos eram inconfundíveis pela sua erudição histórica e estilo primoroso". 


Informações retiradas do livro "130 anos de Vida Parlamentar paranaense", 1954, de Maria Nicolas.

* (As informações contidas no perfil do deputado são de responsabilidade da assessoria do próprio parlamentar)

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