Telêmaco Morocines Borba, ou apenas Telêmaco Borba, era filho do sargento-mór Vicente Antonio Rodrigues Borba e Joanna Hilária Morocines.
Nasceu em Borda do Campo, município de Piraquara, no dia 15 de setembro de 1840.
Fez seus primeiros estudos em Curitiba. Ainda na infância já demonstrava inclinação para a vida sertanista. Aos 23 anos, dirigiu-se o sertão paranaense, situado entre os rios Tibagí, Ivaí e Paraná. À margem do rio Tibagí fundou a aldeia de São Pedro de Alcântara, em Jataí. Permaneceu nesta região por um ano, mesmo lutando contra a malária. Mais tarde passou para as proximidades do rio Capanema. Daí seguiu para uma aldeia indígena de Barreiros, município de Tibagí.
Foi explorador e protetor dos índios. Como catequista, foi auxiliar do freio Timotheo Castelnovo, que por sua vez, prestou grande amparo a Telêmaco Borba no desbravamento do sertão paranaense.
Formou coleção de elementos valiosos para auxiliar os estudiosos da etnografia indígena, cujos doou para o Museu Paranaense.
Deputado em várias legislaturas, foi vice-presidente de 1916 a 1917.
Desempenhou os cargos de prefeito, inspetor escolar e sub-delegado de Polícia de Tibagí.
Foi o primeiro etnógrafo paranaense, e foi também mencionado como geólogo e paleontólogo pelo escritor Reinhard Maack. Leitor assíduo, estudou a língua tupi e deixou um acervo de trabalhos sobre este assunto. Foi Telêmaco Borba quem introduziu na literatura etnográfica a denominação de Cäingangue, substituindo o termo coroado, pertencente a uma tribo do Paraná. Por sua dedicação ao estudo das raças autóctones, os cientistas batizaram com seu nome uma das espécies “sperifers” – o “sperifers Borbae”.
Morreu em 23 de setembro de 1918, devido a gripe espanhola.


Informações obtidas no livro "130 anos de vida Parlamentar Paranaense", 1954, de Maria Nicolas.

* (As informações contidas no perfil do deputado são de responsabilidade da assessoria do próprio parlamentar)