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Comunicação PU 2025: deputados universitários comemoram a experiência e o aprendizado no Parlamento Universitário

Durante os sete dias de evento, os acadêmicos vivenciaram uma imersão nas atividades parlamentares da Assembleia Legislativa.

A sensibilização sobre o tema da acessibilidade ganhou força durante o PU graças à participação do estudante Rodrigo Amoedo, da UniEnsino, que é tetraplégico.
A sensibilização sobre o tema da acessibilidade ganhou força durante o PU graças à participação do estudante Rodrigo Amoedo, da UniEnsino, que é tetraplégico. Créditos: Orlando Kissner/Alep

A 6ª edição do Parlamento Universitário (PU) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) mostrou que política e cidadania podem e devem caminhar lado a lado com diversidade, representatividade e engajamento. Durante sete dias de simulações de debates e votações, universitários de várias partes do estado ocuparam os assentos de deputados e deputadas, levando à tribuna temas como saúde pública, igualdade de gênero, educação, meio ambiente e inclusão.

A sensibilização sobre o tema da acessibilidade ganhou força durante o PU graças à participação do estudante Rodrigo Amoedo, da UniEnsino, que é tetraplégico. Sua vivência inspirou colegas e motivou a criação de uma comissão de servidores na Assembleia Legislativa que estudará adaptações nas dependências do Parlamento para torná-lo acessível a pessoas com deficiência. A determinação foi do presidente da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PSD), após ter conhecimento do caso do estudante na Casa de Leis.

Fato comemorado por Amoedo. “É uma honra. A acessibilidade não é um favor, realmente é algo que tem de existir para que as pessoas realmente consigam fazer aquilo que elas têm a capacidade, mas, por causa de algum empecilho, não conseguem. E eu não vim aqui buscar isso, na verdade. Eu vim para tentar aprender, mas calhou o que aconteceu. A Mesa (do Plenário) não ser adaptada foi um acaso do destino. E foi uma coisa muito boa, que vai servir para muita gente”, afirmou o estudante, que contou todo o tempo com a ajuda da esposa Gabriela Amoedo para se locomover no Parlamento.

Rodrigo Amoedo ficou tetraplégico ao levar um tiro na cervical em um assalto há 10 anos, em Manaus. Há dois anos, ele decidiu recomeçar a vida em Curitiba, onde iniciou o curso de Direito.

Conhecimento

Para o estudante de Direito da Universidade Positivo, Mateus Cunha, o mais interessante do PU foi poder ter conhecido políticos da vida real e vivenciar, na prática, como a política funciona. “Vimos como são feitas as articulações, como é o processo de elaboração das leis, como caminham as comissões, como são elaborados os pareceres. Aprendemos que não fazemos nada sozinho, é um trabalho coletivo”, disse. Para ele, a política precisa de jovens com bons motivos, bons princípios e boas intenções. “Precisamos de jovens com vontade de transformar a vida dos outros”, acrescentou.

Já para a deputada universitária Ana Helena Prata (Unipatec), o PU despertou ainda mais o interesse em se aperfeiçoar. “O Parlamento me mostrou que eu preciso procurar sempre me desenvolver como pessoa para poder abordar todo tipo de tema. Como deputada, apesar de ser apenas uma simulação, eu tive a oportunidade de falar sobre vários projetos, e teve muitos que eu não tinha essa técnica. Também tive a vivência de poder me posicionar sobre determinado tema, aprendendo assim o momento certo de falar e com quem falar”, avaliou.

A estudante de Arquitetura e Urbanismo (UTFPR), Luana Vasconcelos, destacou sua participação no PU porque teve a oportunidade de falar sobre saúde mental, trabalho que ela desenvolve junto com a Reitoria da instituição e que foi tema de projetos de lei apresentados pelos estudantes. “Como eu venho de uma instituição que não tem o curso de Direito, pude ver o que de fato é a política, fora das câmeras, fora da tela, porque tudo que está na internet é maquiado, não é a experiência real. Aqui você sente na pele o que é ter esse poder. É uma simulação, mas a gente sente esse gostinho. Eu cresci muito e pude entender um pouco do trâmite político da Assembleia”, concluiu.

* Matéria elaborada pelo estudante de Jornalismo Ozano Cândido da Silva

Supervisão: Ana Luzia Mikos

Edição: Eduardo Santana

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