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Deputados manifestam preocupação com possível retorno às aulas

Líder do governo garantiu, porém, que atividades só serão retomadas quando pandemia estiver controlada.

Na sessão plenária desta segunda-feira (3) os deputados estaduais falaram da possibilidade de retorno às aulas no Paraná.
Na sessão plenária desta segunda-feira (3) os deputados estaduais falaram da possibilidade de retorno às aulas no Paraná. Créditos: Dálie Felberg/Alep

Parlamentares manifestaram, durante a sessão remota da Assembleia Legislativa do Paraná desta segunda-feira (3), a preocupação com um possível retorno às atividades escolares no Paraná devido a pandemia causada pelo novo coronavírus. Para os deputados que abordaram o tema, este não é momento para a volta de crianças e jovens às escolas. O líder do Governo, deputado Hussein Bakri (PSD), esclareceu o assunto, explicando que não haverá volta às aulas enquanto perdurar a questão sanitária. Ele esclareceu que o que estão sendo discutidos são os protocolos para o retorno.

Bakri foi categórico: “Não vai ter volta às aulas. O governador e o secretário de Saúde têm muita responsabilidade quanto a isso. O protocolo tem de ser discutido antecipadamente, mas todos entendemos dessa forma [que não deve retornar]. Neste momento, esta Casa vai ser ouvida. O governador não vai autorizar o retorno sem que esteja superada a questão sanitária”, completou líder do Governo.

O líder da Oposição, deputado Professor Lemos (PT), criticou a Resolução Conjunta 01/2020, do Comitê “Volta às Aulas”, que trata do tema. Lemos disse que é preciso uma reavaliação do assunto. “A resolução pegou a todos de surpresa. Precisamos que o governo reavalie isso. A resolução joga a responsabilidade para os pais e professores”, disse.

A deputada Mabel Canto (PSC) concordou. “Já temos um protocolo para volta às aulas. Eu, como parlamentar e mãe, acho que não é o momento de voltar sem termos uma vacina que vá prevenir, dando segurança para crianças e jovens, profissionais da educação e para as famílias. É fácil a criança ir para a escola e voltar, infectando toda a família”, disse.

O entendimento é parecido com o do deputado Nelson Luersen (PDT). “As Secretarias de Educação e de Saúde devem discutir muito o assunto e avaliar. Entendemos as dificuldades da cadeia econômica da educação, mas ainda não é o momento. Todos estão fazendo sua parte com as aulas on-line. Não é o ideal, mas é o que temos para o momento. Se a partir de outubro houver uma queda grande nos casos de coronavírus, é a hora de discutir isso”, defendeu.

O deputado Artagão Junior (PSB) externou sua preocupação com a sinalização dada de retorno à atividade escolar no mês de setembro. “Nós não temos a condição. Essa sinalização causou muita preocupação na sociedade e entre a maioria dos deputados estaduais. Os protocolos são muito fáceis se serem colocados na teoria, mas vejo isso como sendo muito difícil na prática”, disse. Ele questionou se é possível aumentar o número de professores, caso as turmas sejam divididas. Também indagou como funcionaria o transporte escolar, devido à necessidade do aumento da frota para manter os alunos em distanciamento social. “Não temos condições de sinalizar uma data para o retorno às aulas com segurança”, completou.

O deputado Tadeu Veneri (PT) enumerou o contágio entre as crianças desde o início da pandemia, frisando que houve um crescimento de 56% nos últimos 30 dias. “Não é possível voltarmos às atividades nas escolas com qualquer tipo de argumento. Não há como se fazer. Precisamos de clareza para saber como vamos evitar o contágio de crianças, familiares e profissionais da saúde”, disse. “Não temos meios humanos para controlar isso. Enquanto não houver uma vacina, não é possível”, avaliou o deputado Soldado Fruet (PROS). 

 

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