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“Na maior crise sanitária da história, governo freou investimentos em saúde”, diz líder da Oposição

Deputado Arilson Chiorato (PT), líder da Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná.
Deputado Arilson Chiorato (PT), líder da Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná. Créditos: Dálie Felberg/Alep

Na contramão da maioria dos Estados do Brasil, que aumentou os gastos com saúde para o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o Governo do Paraná adotou uma política de austeridade e limitou os investimentos na saúde em 2020 e 2021, justamente no auge da maior crise sanitária da história, afirmou o deputado Arilson Chiorato (PT), líder da Oposição na Assembleia Legislativa (Alep), durante a sessão plenária desta terça-feira (08).

Da tribuna, Arilson explicou que nos dois últimos anos o Paraná se limitou a apenas cumprir o investimento do mínimo constitucional de 12% da receita corrente líquida na saúde, mesmo nos momentos em que o Estado contabilizava aumento expressivo no número de infectados e mortes pela covid. “O Brasil tem mais de 652 mil mortes pela covid. O Paraná, 42 mil mortes. Vivemos a maior crise sanitária da nossa história. E, pasmem, os gastos em saúde no Paraná nos últimos anos se limitam ao teto constitucional, ou seja, somente 12%. Em 2019 foi investido 12,24%. Em 2020, 12,96% e em 2021, 12,34%. Neste mês, faz dois anos que estamos enfrentando uma crise na saúde pública, crise na economia e crise social. E os números da saúde não mostram nenhuma evolução nos investimentos!”, cobrou.

O deputado apresentou uma comparação dos gastos do Paraná e demais Estados durante a pandemia. Segundo Arilson, o Paraná registrou um dos menores investimentos em saúde do País na crise sanitária. A austeridade nos gastos quando a população esteve mais vulnerável e precisou dos serviços de saúde, segundo Arilson, foi uma “escolha política” e “de condução de Estado” do governo Ratinho Junior. “Não é uma comparação política e de aspecto ideológico, mas de condução do Estado. Pernambuco, governado pelo PSB, investiu 16,5% em saúde em 2020 e 17,2% em 2021. Ceará, governado pelo PT, investiu 16,5% em 2020 e 15,68% no ano passado. O Rio de Janeiro, governado pelo PL, partido do presidente da República, gastou em 2020 19,9% e em 2021, 15,3%. Nossa vizinha Santa Catarina, governada pelo União Brasil, gastou 14,6% em 2020 e 14,4% em 2021. O Paraná tem um dos menores números de investimentos em saúde do Brasil! O que significa isso? Significa escolha política!”.

O parlamentar ainda criticou que o orçamento da saúde do Paraná em 2022, de aproximadamente R$ 5 bilhões, equivale ao crescimento da renúncia fiscal entre 2021 e 2022, que passou de R$ 12 bi para R$ 17 bi. “O orçamento do Paraná em saúde neste ano, de aproximadamente R$ 5 bilhões, equivale ao tamanho do aumento da renúncia fiscal entre 2021 e 2022! O governador escolheu fazer renúncia fiscal e tirou do povo paranaense um orçamento inteiro da saúde em plena pandemia! É inadmissível uma escolha como esta. O Estado optou em não gastar em saúde, mas optou em renunciar o orçamento inteiro em saúde para dar renúncia fiscal. E quem pagou essa conta foi o povo paranaense”, criticou.

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