O dia 25 de junho de 2019 deve ser marcado na história do atual Governo do Paraná pela primeira grande paralisação de setores, que envolvem a segurança pública e a rede estadual de ensino. Nesta segunda-feira (24), uma carreata simbólica organizada pela Polícia Civil circulou pelas principais avenidas da capital paranaense, com o toque de sirenes e dezenas de viaturas velhas. A expectativa é de que haja uma paralisação geral nesta terça, mostrando a insatisfação dos servidores públicos com a gestão de Ratinho Júnior.

Para o deputado Requião Filho (MDB), as motivações vão muito além de questões salariais, passando pelo sucateamento das escolas, das delegacias de polícia, dos equipamentos de segurança entre outros.

“A situação dos policiais civis do Paraná está à beira do caos. Delegacias superlotadas, rebeliões incontroláveis, faltam policiais e condições dignas de trabalho. Se o servidor trabalha no limite, a população como fica? Pior ainda! Na educação, não é diferente. Mas não é somente a falta de reposição salarial que sucateia as estruturas. Estamos cobrando o que o atual governador prometeu e não cumpriu. Por isso, o risco de uma paralisação geral é iminente”.

Os vencimentos do funcionalismo público estão congelados, e os servidores aguardam um aumento mínimo de 4,94%, equivalentes às perdas somente do último ano. O governo, por sua vez, alega não ter dinheiro para fazer a reposição. Em uma série de vídeos direcionada a grupos de policiais e educadores, Requião Filho apoia a iniciativa, e critica a falta de investimentos nas áreas de relevância para a população.