Núcleo de Combate aos Cibercrimes elucidou 93% das ocorrências atendidas pelo órgão Segundo o delegado Demétrius Gonzaga, o órgão especializado da Polícia Civil atendeu mais de 100 mil ocorrências em seus doze anos de existência.

20/11/2017 16h46 | por Trajano Budola
Pronunciamento do Dr. Demétrius Gonzaga de Oliveira, delegado-chefe do Núcleo de Combate aos Cibercrimes - NUCIBER.

Pronunciamento do Dr. Demétrius Gonzaga de Oliveira, delegado-chefe do Núcleo de Combate aos Cibercrimes - NUCIBER.Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

Pronunciamento do Dr. Demétrius Gonzaga de Oliveira, delegado-chefe do Núcleo de Combate aos Cibercrimes - NUCIBER.


Mais de 100 mil ocorrências foram atendidas pelo Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber) ao longo dos doze anos de existência desse órgão especializado da Polícia Civil, com o resultado positivo de 93% de elucidações.  Os números foram apresentados pelo delegado-chefe do Nuciber, Demétrius Gonzaga de Oliveira, ao participar da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná nesta segunda-feira (20), a convite da liderança do PMDB no Legislativo. O delegado foi saudado na ocasião pelos deputados Ademir Bier (PMDB) e Delegado Recalcatti (PSD).

Demétrius falou aos parlamentares sobre as ações do núcleo criado em 18 de novembro de 2005 para detectar e combater os crimes cibernéticos, que empregam tecnologia de informação computadorizada. “São 12 mil casos tramitando hoje perante o Núcleo de Cibercrimes. São crimes de estelionato, vendas pela internet, falsa identidade e invasão de sistemas, além de injúria, calúnia e difamação”, explicou.

O delegado citou ainda crimes como pedofilia, homicídios, tráfico de armas e de drogas, quando os delinquentes utilizam a internet para a comunicação e troca de informações para os delitos. Nestes casos, o Nuciber funciona como auxiliar e, segundo Demétrius, é procurado até mesmo por polícias de outros estados brasileiros. “É impossível à segurança pública enxergar tudo o que acontece na rede de computadores. Por isso a ajuda da sociedade também é muito importante”, afirmou.

O delegado Demétrius destacou o caso recente que envolveu o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) em uma falsa notícia espalhada nas redes sociais. “Em um primeiro momento enxergamos um crime de calúnia. É preciso saber se tem mais gente envolvida, se pode chegar a uma formação de quadrilha, quais os objetivos e interesses disso tudo. O aprofundamento das investigações e identificação dos responsáveis possibilitará uma conclusão”, afirmou.

Demétrius ressaltou a importância da parceria com o Poder Legislativo para melhorar as condições de combate aos cibercrimes. “Nós, autoridades policiais, dependemos da legislação para poder trabalhar. No principio, os nossos trabalhos foram difíceis porque a legislação era pífia. Situações como pedofilia eram quase imunes, porque não podíamos fazer nada, se quem recebia imagens não as tivesse comprado. Hoje o fato de o indivíduo ser flagrado com elas é o suficiente para responsabilizar estes criminosos”, explicou.

Ouça o Podcast relacionado



Agenda

TRAMITAÇÃO DE PROJETOS

LEIS ESTADUAIS

PROJETOS PARA JOVENS

  • Visita Guiada
  • Geração Atitude
  • Parlamento Universitário
  • Escola do Legislativo
Assembleia Legislativa do Estado do Paraná © 2019 | Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação