Ação Contra Jornal é Mais Um Caso Para Aumentar o Passivo Jurídico do Estado, Diz Plauto

27/02/2008 18h34 | por Sonia Maschke / Jaime Santorsula Martins / 41 3350-4193 / MATÉRIA DE RESPONSABILIDADE DO GABINETE DA LIDERANÇA DA OPOSIÇÃO
“Essa ação judicial é mais uma para aumentar o tenebroso passivo jurídico que este governo deixará para seus sucessores. É mais um caso que o estado perderá e precisará arcar com as custas judiciais. E como a ação se baseia em valores despropositados, as custas a serem pagas pelos contribuintes serão proporcionais”. A observação é do deputado Plauto Miró Guimarães (DEM) ao comentar o processo movido pelo superintendente da APPA, Eduardo Requião, contra o jornalista Celso Nascimento e o jornal Gazeta do Povo. “Na ação, o irmão do governador cobra do colunista e do jornal uma indenização que pode chegar a R$ 1 bilhão pelos supostos danos que teria causado ao superintendente e ao Porto por ter revelado desmandos cometidos na gestão de Eduardo Requião nos portos do Paraná”, diz Guimarães. O deputado lembra que as denúncias formuladas pelo jornalista foram fundamentadas em fatos e em documentos da Marinha de Guerra, e que a ação movida, bem como as indenizações elevadas, não tem possibilidade de prosperar. A matéria que motivou a ação se refere à redução do calado dos navios que podem ingressar no Canal da Galheta, proibição da navegação noturna, condições especiais para permitir a navegação e redução da velocidade máxima dos navios no Porto de Paranaguá.. Plauto estranhou ainda que Eduardo Requião deseje também com a ação impor censura prévia à Gazeta do Povo. A ação exige que antes de qualquer publicação sobre assuntos portuários o jornal teria de submetê-las ao crivo e avaliação dos diretores da APPA. “Curiosamente, Eduardo Requião, que pretende censurar a Gazeta é irmão de Roberto Requião - que não foi censurado, mas foi obrigado por decisão judicial a conter os excessos cometidos na TV Educativa - e passou a percorrer o país lamentando contra a perversidade da censura prévia. Ou seja, censura para a família Requião é como pimenta, só é ruim quando é no olho do outro”, ironiza. Delírio autoritário O líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), disse que o caso traz mais um exemplo da forma como a família Requião confunde o público com o privado. “O delírio autoritário que acomete o governador Requião e seus familiares faz com que esqueçam a barreira que separa o público do privado e percam a noção do mais elementar senso de ridículo”. “A ação é assinada por uma advogada da APPA, paga com dinheiro público, mas um dos autores da ação é a pessoa física do superintendente Eduardo Requião. Ou seja, o superintendente pretende se beneficiar usando os trabalhos de uma profissional paga pelo estado”. Finalmente, o líder da oposição observa que o episódio vem a desmascarar um argumento brandido pelo líder do governo na Assembléia, Luiz Cláudio Romanelli, de que a oposição se tornou profissional da calúnia e é pautada pelos jornais. “Os jornais se limitam a registrar os absurdos perpetrados por esse governo desastroso e a oposição exerce seu papel de fiscalizar e coibir esses absurdos. Se o governo quer ver diminuir a carga de críticas tem que começar a errar menos”, concluiu Rossoni.

Agenda

TRAMITAÇÃO DE PROJETOS

LEIS ESTADUAIS

PROJETOS PARA JOVENS

  • Visita Guiada
  • Geração Atitude
  • Parlamento Universitário
  • Escola do Legislativo
Assembleia Legislativa do Estado do Paraná © 2019 | Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação