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Ao participar da segunda reunião da Comissão Agenda Paraná, na manhã desta quarta-feira (25), na Assembleia Legislativa, o deputado federal, ex-chefe da Casa Civil do Governo Beto Richa (PSDB) e ex-ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes (PMDB), fez um relato contundente dos prejuízos que o Paraná vem sofrendo por conta da desatenção do governo federal e da falta de representatividade no contexto da Federação. Segundo ele, há duas dimensões para que as coisas aconteçam: a da capacidade técnica das instâncias administrativas superiores e a da pressão política. Quando a primeira falha, seja por que motivo for, resta a pressão política para defender os interesses regionais.
Ele citou como exemplo um fato recente e emblemático desse quadro desfavorável aos paranaenses: maior produtor de trigo do país, o estado tem sua economia movimentada no período de inverno por essa cultura. Com a valorização do produto observada nos últimos anos nos mercados nacional e internacional, aumentou sua produção e se prepara para a colheita, que acontece no mês de agosto. Há três dias o governo federal zerou a taxa de importação, atendendo reivindicação do setor moageiro, que aproveita para se abastecer e fazer estoques justamente às vésperas da colheita, forçando a queda do preço no mercado interno e atingindo diretamente os produtores estaduais.
Discriminação – Vários temas candentes foram abordados pelo ex-ministro, entre eles a polêmica questão do pedágio. “Estamos diante de uma situação absurda que não tem solução em curto prazo. Dois terços das rodovias que passam pelo Paraná são federais. Portanto, nenhum governador conseguirá solucionar esse problema se não houver uma organização política mais firme e permanente com esse objetivo”, ponderou.
Referiu-se também à questão dos portos, que considera fundamental para o desenvolvimento do estado. Referindo-se às obras de modernização em Paranaguá, que prepararam o complexo para uma atuação mais eficiente, observou que os entraves agora impossibilitam a realização de licitações. No caso específico do Porto de Pontal, visto por ele como aquele que apresenta o maior potencial brasileiro de porto do futuro, altamente estruturado e com boas condições em todos os aspectos, os próximos passos para sua materialização não ocorrem. “Por que não acontece, se há um programa perfeitamente estruturado e empreendedores interessados?” indagou.
Ensino Superior – Outro tema levantado na reunião foi o fato do Paraná gastar por ano R$ 2 bilhões com ensino superior, que deveria ser de responsabilidade da União, definida constitucionalmente. São sete universidades estaduais, com campi localizados principalmente no Interior, que acolhem cerca de 98 mil alunos em sua rede presencial. O reitor da Unicentro e presidente da Associação Paranaense de Reitores de Universidades Estaduais, Aldo Nelson Bona, defendeu proposta apresentada pela Associação Brasileira de Reitores de Universidades Estaduais e Municipais, prevendo um repasse anual de R$ 2.000,00 por aluno matriculado no sistema presencial estadual, valor que representa 18% do custo anual médio dos alunos das universidades federais.
Segundo ele, uma minuta de anteprojeto de lei foi apresentada ao então ministro de Educação Aloisio Mercadante (PT), que o rejeitou sob o argumento de que a União não financiaria universidades como a USP ou a UNICAMP, “mais ricas do que qualquer universidade federal”. Bona argumentou que as duas instituições paulistas não refletem a realidade do resto do país. “As nossas sete universidades estaduais têm orçamento pesado demais para o Estado, menor, entretanto, que o da UFPR. Abrigam mais de 90 mil alunos contra os cerca de 30 mil desta última. Além disso, são responsáveis por 45% dos trabalhos de pesquisa realizados no estado”.
Apresentaram diagnósticos e sugestões que serão analisados pela Agenda Paraná representantes de vários outros setores da administração pública, como Fabiana Campos, diretora de Educação e Trabalho da Secretaria de Educação; Rene Santos, diretor geral da Secretaria de Estado de Saúde; José Maurino, diretor do Departamento do Trabalho da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária; Alzenir de Fátima, da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social.
Os trabalhos foram conduzidos pelo deputado Wilson Quinteiro (PSB), presidente da Comissão; Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), relator; e contaram com a presença do deputado Douglas Fabrício (PPS) e de integrantes de entidades representativas das classes produtoras.
Ele citou como exemplo um fato recente e emblemático desse quadro desfavorável aos paranaenses: maior produtor de trigo do país, o estado tem sua economia movimentada no período de inverno por essa cultura. Com a valorização do produto observada nos últimos anos nos mercados nacional e internacional, aumentou sua produção e se prepara para a colheita, que acontece no mês de agosto. Há três dias o governo federal zerou a taxa de importação, atendendo reivindicação do setor moageiro, que aproveita para se abastecer e fazer estoques justamente às vésperas da colheita, forçando a queda do preço no mercado interno e atingindo diretamente os produtores estaduais.
Discriminação – Vários temas candentes foram abordados pelo ex-ministro, entre eles a polêmica questão do pedágio. “Estamos diante de uma situação absurda que não tem solução em curto prazo. Dois terços das rodovias que passam pelo Paraná são federais. Portanto, nenhum governador conseguirá solucionar esse problema se não houver uma organização política mais firme e permanente com esse objetivo”, ponderou.
Referiu-se também à questão dos portos, que considera fundamental para o desenvolvimento do estado. Referindo-se às obras de modernização em Paranaguá, que prepararam o complexo para uma atuação mais eficiente, observou que os entraves agora impossibilitam a realização de licitações. No caso específico do Porto de Pontal, visto por ele como aquele que apresenta o maior potencial brasileiro de porto do futuro, altamente estruturado e com boas condições em todos os aspectos, os próximos passos para sua materialização não ocorrem. “Por que não acontece, se há um programa perfeitamente estruturado e empreendedores interessados?” indagou.
Ensino Superior – Outro tema levantado na reunião foi o fato do Paraná gastar por ano R$ 2 bilhões com ensino superior, que deveria ser de responsabilidade da União, definida constitucionalmente. São sete universidades estaduais, com campi localizados principalmente no Interior, que acolhem cerca de 98 mil alunos em sua rede presencial. O reitor da Unicentro e presidente da Associação Paranaense de Reitores de Universidades Estaduais, Aldo Nelson Bona, defendeu proposta apresentada pela Associação Brasileira de Reitores de Universidades Estaduais e Municipais, prevendo um repasse anual de R$ 2.000,00 por aluno matriculado no sistema presencial estadual, valor que representa 18% do custo anual médio dos alunos das universidades federais.
Segundo ele, uma minuta de anteprojeto de lei foi apresentada ao então ministro de Educação Aloisio Mercadante (PT), que o rejeitou sob o argumento de que a União não financiaria universidades como a USP ou a UNICAMP, “mais ricas do que qualquer universidade federal”. Bona argumentou que as duas instituições paulistas não refletem a realidade do resto do país. “As nossas sete universidades estaduais têm orçamento pesado demais para o Estado, menor, entretanto, que o da UFPR. Abrigam mais de 90 mil alunos contra os cerca de 30 mil desta última. Além disso, são responsáveis por 45% dos trabalhos de pesquisa realizados no estado”.
Apresentaram diagnósticos e sugestões que serão analisados pela Agenda Paraná representantes de vários outros setores da administração pública, como Fabiana Campos, diretora de Educação e Trabalho da Secretaria de Educação; Rene Santos, diretor geral da Secretaria de Estado de Saúde; José Maurino, diretor do Departamento do Trabalho da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária; Alzenir de Fátima, da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social.
Os trabalhos foram conduzidos pelo deputado Wilson Quinteiro (PSB), presidente da Comissão; Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), relator; e contaram com a presença do deputado Douglas Fabrício (PPS) e de integrantes de entidades representativas das classes produtoras.
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