“Tivemos grandes conquistas, mas nossas lutas continuam, porque há ainda muitos desafios, como chegar à equiparação salarial”, afirmou a professora Marlei Fernandes de Carvalho, presidente da APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná) e Coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais (FES), ao falar no Plenário da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (24). O pronunciamento, que enalteceu as comemorações dos 65 anos da entidade nesta quinta-feira (26), ocorreu por proposição do deputado Professor Lemos (PT).
De acordo com ela, os educadores querem a solução para itens pendentes da pauta de negociações anteriores, entre eles a melhora dos salários dos funcionários de escolas, de cerca de R$ 745,00, segundo a dirigente sindical, um dos menores do serviço público. Na pauta há também a solicitação da nomeação de funcionários de escola, bem como o pagamento das progressões, dos 33% da hora-atividade e promoções atrasadas. Na ocasião, a professora Marlei confirmou a paralisação da categoria marcada para quinta-feira (26), como forma de chamar a atenção da sociedade para as lutas dos trabalhadores do setor.
O deputado Professor Lemos cumprimentou a categoria pela data, fazendo um breve relato da história da organização dos professores, que iniciou logo após a 2ª Guerra Mundial. “A APP-Sindicato continua caminhando de mão dadas com vários movimentos sociais do campo e da cidade, impregnados com o mesmo objetivo de melhorar o mundo para cada um de nós”, declarou.
Bandeiras– A organização dos professores paranaenses iniciou com um pequeno grupo que atuava no Colégio Estadual do Paraná e no Instituto de Educação, liderados pelo professor Faustino Fávaro, e que deram origem à Associação dos Professores do Paraná (APP). Eram poucas dezenas de sindicalizados nos anos pós 2ª Guerra Mundial; hoje são mais de 66 mil filiados. Posteriormente, a entidade mudou o nome de APP para APP-Sindicato, sendo sua trajetória marcada pela defesa da educação pública e a solidariedade às grandes lutas da sociedade contemporânea, como a da redemocratização o país, dos direitos dos idosos, das mulheres, dos afrodescendentes, dos trabalhadores rurais, dos LGBTs e muitas outras bandeiras.