Assembleia e Iprade assinam acordo para incentivar a participação da mulher na política Cursos, seminários e palestras serão promovidos pela Procuradoria da Mulher em conjunto com o Instituto em todo o Paraná.

25/09/2019 17h17 | por Nádia Fontana
Acordo entre Alep e Iprade vai permitir a realização de cursos, seminários e palestras em todo o Paraná para incentivar a participação da mulher na política.

Acordo entre Alep e Iprade vai permitir a realização de cursos, seminários e palestras em todo o Paraná para incentivar a participação da mulher na política.Créditos: Orlando Kissner/Alep

Acordo entre Alep e Iprade vai permitir a realização de cursos, seminários e palestras em todo o Paraná para incentivar a participação da mulher na política.

Promover e incentivar a participação das mulheres na política. Com esse objetivo a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) assinou nesta quarta-feira (25) um acordo de cooperação técnica com o Instituto Paranaense de Direito Eleitoral (Iprade). “É um marco para o Poder Legislativo”, afirmou o deputado Ademar Traiano (PSDB), presidente da Alep, destacando que a iniciativa contribui para a valorização da mulher paranaense.

A Assembleia firmou o acordo através da Procuradoria Especial da Mulher. “Hoje 52% do eleitorado brasileiro é formado por mulheres, mas a representatividade no Parlamento ainda é muito pequena. Estamos ainda muito atrás de outros países. Precisamos avançar”, declarou a deputada Cristina Silvestri (PPS), procuradora da Mulher da Alep, assinalando a importância desse primeiro ato de cooperação firmado pelo órgão. Na opinião dela, a ausência de mulheres nos cargos de poder não propicia um debate e um diálogo amplo em torno de questões fundamentais, como saúde e segurança pública.

O desequilíbrio entre o número de eleitoras e de representantes em todas as esferas do Poder Público também foi enfatizado pela presidente do Iprade, advogada Ana Carolina de Camargo Clève: “Temos Câmaras de Vereadores no Paraná onde não há nenhuma vereadora. Por isso, precisamos incentivar a participação das mulheres que podem contribuir para o debate de todos os assuntos importantes para a agenda do país”, frisou.

A presidente do Iprade explicou que a partir desse acordo de cooperação será promovida uma troca de experiências através dos cursos, seminários e palestras. “Planejamos realizar eventos em todo o estado do Paraná”, disse ela. “Juntos desenvolveremos ações para estimular a participação das mulheres na vida pública”, complementou.

Participaram da assinatura do documento o primeiro-secretário, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), e as deputadas Mabel Canto (PSC) e Cantora Mara Lima (PSC), presidente da Comissão de Defesa dos Diretos da Mulher. Mara Lima observou que os avanços das políticas públicas estão em constante crescimento em nosso estado. Com esse termo [de cooperação], acrescentou, serão abertos ainda mais espaços para as mulheres debaterem sobre política e ocuparem mais espaços seja nas estruturas partidárias ou nos parlamentos. 

Cursos – O primeiro ciclo de palestras será realizado no município de Guarapuava. As próximas etapas das atividades desenvolvidas pela Procuradoria da Mulher em conjunto com o Iprade, que é uma associação civil sem fins lucrativos, serão anunciadas na sequência. O termo de cooperação técnica prevê a realização de uma série de ações (cursos, seminários, simpósios, congressos, treinamentos e aulas), bem como, a promoção de campanhas educativas. A programação será sempre voltada à valorização da participação das mulheres na política e o combate à discriminação de gênero.

Candidatas – Até hoje somente 22 mulheres ocuparam uma das 54 cadeiras do legislativo paranaense em mais de 160 anos de história. Nesta legislatura a bancada feminina é formada apenas por cinco parlamentares.

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostram que nas últimas eleições municipais, em 2016, apenas 31,89% dos brasileiros que se candidataram eram mulheres. A primeira vez que as candidaturas femininas alcançaram 30% do total de candidaturas de um pleito no país foi nas eleições de 2012.

Ainda em relação a 2016, do total de 5.568 municípios do país, em 1.286 cidades não houve nenhuma mulher eleita para o cargo de vereador. Além disso, apenas em 24 municípios as mulheres representam a maioria dos eleitos para o legislativo municipal.

 

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