Assembléia Legislativa Recebe Pessuti Para Falar Sobre Febre Aftosa

24/10/2005 17h48 | por Flávia Prazeres
Para Editoria de PolíticaDistribuído em 24/10/05Jornalista: Flávia PrazeresASSEMBLÉIA LEGISLATIVA RECEBE PESSUTI PARA FALAR SOBRE FEBRE AFTOSAA Assembléia Legislativa recebeu nesta segunda-feira (23) o vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti que a convite dos deputados estaduais participou da sessão plenária. Durante o grande expediente discorreu sobre a questão da febre aftosa e as medidas de prevenção e combate realizadas pelo governo estadual contra a febre aftosa.O vice-governador declarou que no Paraná ainda não foi comprovada a existência de foco da doença, descoberta na Itália em 1546, que vem sendo combatida no Brasil há 40 anos. Pessuti citou ainda a passagem dos diversos secretários na pasta da Agricultura, inclusive do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Hermas Brandão, responsável pela criação do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), com 35 entidades e deu origem a outros conselhos, como o Conselho de Sanidade Agrícola (Coesa). “Muito nos deve preocupar a gripe aviária além da febre aftosa que é uma luta antiga no Paraná. Participo desde de 1979 do combate a esta doença, quando em 1980 teve um terrível foco da febre aftosa no Paraná. Juntamente com um grupo de controle visitamos mais de 500 propriedades nas margens do rio Ivaí, coletando material e desinfetando as propriedades. O trabalho de defesa sanitária vegetal e animal vem sendo realizado no Paraná sob os cuidados do Conesa”, afirma Pessuti.Segundo Pessuti, o Paraná quer criar um “Circuito de Sanidade Agrícola do Sul”, composto pelo Paraná e pelos outros dois Estados pertencentes à região: Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Além disso, o vice-governador sinalizou as medidas que estão sendo tomadas, que vão desde a inspeção sanitária, monitoramento e coleta de material já enviado para análise no Belém. Ele justificou que o material deve ser analisado por este Estado, pois segundo as regras da Organização Internacional de Epizootias, o material coletado de animais suspeitos de terem contraído o vírus pode ser manipulado apenas em unidades da federação ainda não declaradas áreas livres da febre aftosa.A suspeita da existência do vírus no Paraná teve início em meados de outubro, após a realização de uma feira de exposição na cidade de Londrina, que trouxe gado do Mato Grosso do Sul, onde já foi detectado um foco da febre aftosa. De acordo com Pessuti, no Paraná, das 70 propriedades inspecionadas, apenas quatro apresentaram suspeitas, ou seja, dos 5.100 animais analisados apenas 19 tiveram a identificação de algum sintoma, tais como salivação e febre. Entretanto, ele assinala que esta sintomatologia pode surgir pela presença de outras doenças.Também citou em seu pronunciamento que o estado paranaense já notificou os demais estados brasileiros da possibilidade e enviaram ofícios às demais unidades federativas, tais como Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo, para que libere os produtos que não são suscetíveis a febre aftosa. Pessuti afirmou que um milhão de litros de leite estão esperando na fronteira e mais um milhão não puderam ser coletados.Antes da exposição do vice-governador, o deputado Plauto Miró, líder do PFL na Assembléia Legislativa falou sobre a questão e disse que o importante não é encontrar o culpado, mas as soluções. Plauto falou ainda sobre as conseqüências “a hipótese de febre aftosa no Paraná já trouxe resultados negativos, com a interdição dos caminhões na divisa com São Paulo. O leite perecível está dentro dos caminhões e os produtores não sabem o que fazer com esta mercadoria. São mais de 60 mil litros bloqueados de apenas uma cooperativa”, enfatiza Plauto.INDAGAÇÕES – Em seguida, os deputados fizeram perguntas ao vice-governador Orlando Pessuti. O primeiro foi o deputado André Vargas (PT) que indagou sobre o orçamento estadual para o setor e as medidas de combate à doença. Na seqüência, o deputado Valdir Rossoni (PSDB) disse que no início a responsabilidade foi delegada ao governo federal, devido à falta de repasse de recursos aos estados brasileiros. Então, o deputado indagou sobre a devolução de recursos ao governo federal, antes destinados ao Paraná, para serem aplicados em Mato Grosso do Sul. Mas Pessuti respondeu que os valores ainda não foram enviados ao território paranaense, e que o Estado possui recursos suficientes para o trabalho numa situação de normalidade para o controle da sanidade animal e vegetal, aqueles exigidos pela OIE. Entretanto, Pessuti diz que no caso de foco da doença ou de epidemia a situação é diferente, mas havendo esta realidade ele afirma que novos recursos serão enviados para o controle e o combate da febre aftosa.

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