No período de 8 a 12 de agosto estarão expostos no Espaço Cultural da Assembleia Legislativa do Paraná 40 painéis sobre a tragédia que atingiu as cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, ao fim da Segunda Guerra Mundial. No dia 6 de agosto de 1945 militares americanos lançaram do bombardeiro B-29 Enola Gay bomba atômica de urânio (Little Boy) sobre Hiroshima, e no dia 9 de agosto uma bomba nuclear de plutônio (Fat Man) sobre Nagasaki, matando cerca de 200 mil pessoas ao longo dos quatro meses que se seguiram às explosões. Metade das mortes ocorreu no dia do lançamento das bombas. O restante morreu em decorrência do efeito das queimaduras e outras lesões, agravadas pela radiação. A maioria dos mortos eram civis.
Os painéis pertencem ao Consulado do Japão em Curitiba e foram doados por aquele país como forma de preservar a memória dos que foram sacrificados, ao mesmo tempo em que fazem refletir sobre a crueldade da guerra e a importância de evitá-la. As fotos, muitas delas de intenso conteúdo dramático, foram expostas na Assembleia Legislativa de Santa Catarina no ano passado, e ficam à disposição das instituições que se dispuserem a mostrá-las em datas especiais, como testemunhos históricos e como forma de conscientizar a sociedade sobre as consequências da guerra.
A iniciativa da exposição partiu do deputado Paulo Litro (PSDB) e vai reunir, em seu lançamento, o cônsul-geral do Japão, Toshio Ikeda, e o filho de um sobrevivente da tragédia, Naoki Ogawa, que vive hoje em Frei Rogério (SC), sede da Associação das Vítimas e seus Descendentes da Explosão das Bombas Atômicas.