Para Editoria de PolíticaDistribuído em 29/08/2005Jornalista: Vanderlei RebeloASSEMBLÉIA MARCA OS152 ANOS DE EMANCIPAÇÃO DO PARANÁA Assembléia Legislativa realizou nesta segunda-feira (29), sessão solene em comemoração aos 152 anos de emancipação política do Paraná, transformado em unidade político-administrativa com a Lei Imperial número 704, de 29 de agosto de 1853. A sessão, presidida pelo deputado Hermas Brandão, teve palestras do professor e historiador Sérgio Odilon Nadalin e dos desembargadores Munir Karam e Luiz Renato Pedroso. Nadalin abordou a trajetória paranaense “como uma história da ocupação e da conquista de um território, uma história, portanto, de migrações”.Fundamentado nos estudos de historiadores paranaenses – Romário Martins, Brasil Pinheiro Machado, Altiva Pilatti Balhana e Cecília Maria Westphalen –, como também na historiografia proposta por Sérgio Buarque de Hollanda no seu clássico “Raízes do Brasil”, Nadalin falou dos processos de ocupação territorial, imigração, industrialização e urbanização do Paraná. Enfatizou que o Paraná atual foi conseqüência de “histórias de diferentes tipos de colonização. Histórias de processos de deslocamentos populacionais e de expansão diferenciados, de construções culturais singulares, de sociedades originais. Histórias, por conseguinte, que envolvem e explicam tensões, interesses e rivalidades políticas regionais e que, durante certo tempo, constituíram obstáculo à sua efetiva unidade”.Ele se referia, conforme explicou, ao que a historiografia já denominou como “o Paraná Tradicional, mais antigo”, ao Paraná “formado a partir do chamado Norte Velho” e, finalmente, ao Sudoeste e Oeste, além dos limites do Sul do Estado. Nadalin abordou as raízes do processo de emancipação política do Paraná e contextualizou sua evolução histórica em face dos movimentos e tensões nacionais e internacionais. O desembargador Munir Karam citou figuras históricas da Justiça paranaense, entre elas o ouvidor Rafael Pires Pardinho e o desembargador Clotário de Macedo Portugal, que por três vezes presidiu o Tribunal de Justiça do Estado, além de Generoso Marques.Finalmente, o desembargador Luiz Renato Pedroso, vice-presidente do Movimento Pró-Paraná, lembrou o ex-governador Bento Munhoz da Rocha Neto na sua defesa intransigente dos interesses do Estado. A sessão também teve a presença do vice-governador Orlando Pessuti, do deputado federal Ricardo Barros – representando a Câmara dos Deputados –, do general Túlio Cherem, comandante da 5ª Região Militar, do presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Heinz Herwig, e dos deputados Elio Rusch e Cida Borghetti, além de historiadores e membros do Movimento Pró-Paraná. O Coral Paraná e a banda da Polícia Militar executaram os hinos do Paraná e Nacional.