Assembléia Presta Homenagens a Bento Munhoz

07/12/2005 15h43 | por Pena
(distribuído em 07/12/05)Jornalista: PenaASSEMBLÉIA PRESTA HOMENAGENS A BENTO MUNHOZParlamentares rendem homenagens ao intelectual e estadista que completaria dia 17 o centenário de nascimento.Responsável pela criação da Copel e da Biblioteca Pública do Paraná, bem como pela construção do Teatro Guaíra e do complexo arquitetônico do Centro Cívico, em Curitiba – entre outras diversas obras – o ex-governador Bento Munhoz da Rocha Netto, que se ainda estivesse vivo completaria cem anos de idade no próximo dia 17, foi homenageado ontem na Assembléia Legislativa, durante sessão solene proposta pelo deputado Rafael Greca de Macedo. Para a deputada Elza Correia, que na oportunidade usou da tribuna para falar em nome do Poder Legislativo, Bento Munhoz foi a maior expressão parlamentar que já tivemos e um pensador que tinha a grandeza dos verdadeiros estadistas. Nesta qualidade, segundo ela, é que ele foi o grande criador da idéia do Paraná como terra de todas as gentes. Durante a sessão magna, o Troféu Guerreiro do Paraná foi entregue à viúva do ex-governador, Flora Munhoz da Rocha, como mais uma forma de reconhecimento à figura exemplar do grande intelectual e homem público. Caetano Munhoz da Rocha, filho mais velho do ex-governador, falou em nome da família, para agradecer as homenagens, destacando a forma carinhosa como todos têm tratado a memória do líder político, decorridos já 32 anos de sua morte. Paranaense de Paranaguá, Bento Munhoz foi engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Paraná, onde também desenvolveu intensa atividade acadêmica, como professor de disciplinas tão diferentes quanto História da América, Sociologia, Economia Política, Geologia, Metalurgia e Lógica. Iniciou sua vida política como deputado federal em 1946, eleito pelo Partido Republicano, destacando-se a ponto de vencer as eleições para o Governo do Paraná quatro anos mais tarde. Na Câmara Federal ganhou grande projeção como orador, foi signatário da Constituição Brasileira de 1946 e defensor da reintegração do território do Iguaçu ao Paraná e à Santa Catarina, que se encontrava seccionado desde 1943. Teve também importante participação na federalização da Universidade do Paraná e foi defensor da legalização do Partido Comunista, posicionando-se frontalmente contra a cassação do então deputado Luiz Carlos Prestes.No Governo do Estado Bento cuidou igualmente de executar um grande plano rodoviário, que contemplou a pavimentação asfáltica de vários municípios do Norte e de rodovias para o escoamento da produção agrícola de cidades como Londrina e Apucarana, com asfaltamento ainda de todas as vias de acesso a Curitiba. Criou o Fundo de Equipamento Agropecuário e das Casas Rurais, além da Famepar, órgão encarregado de atender o conjunto dos municípios paranaenses. Valendo-se da Constituição de 46, promoveu também inúmeras desapropriações por interesse social nas regiões de Porecatu, Jaguapitan e Arapongas, revertendo títulos de propriedade e regularizando a situação de municípios do Norte. Foi Ministro da Agricultura no Governo Café Filho, em 1955, e novamente deputado federal pelo Partido Republicano, de 1959 a 1963. EXEMPLO DE DIGNIDADEDe acordo com o jornalista Vanderlei Rebelo, que acaba de lançar o livro “Bento Munhoz da Rocha – O intelectual na correnteza política”, Bento é o caso raro de um intelectual brasileiro que chegou ao poder e, para além disso, exerceu-o sem negar o que escrevera antes, embora não estivesse livre das contradições inerentes às suas circunstâncias e às condições da política. “Sua defesa intransigente da democracia e do parlamento e do avanço institucional, em contraste com sua formação católica conservadora, o tornam um personagem singular nestas paragens em que o projeto das elites, se existe, teima em perpetuar-se na direção do atraso e do autoritarismo”, destaca. Ou como ensina o também jornalista Luiz Geraldo Mazza, que assina o prefácio da biografia citada, poucos estudiosos e pensadores colocaram tão profundamente em seus livros, discursos e ação, o Paraná. “É impossível pensar nesta porção de Brasil sem uma referência dominante ao ator múltiplo como engenheiro, parlamentar, professor, historiador, sociólogo e filósofo e, sobretudo, o estadista”,

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