Assembleia promove debate sobre diagnóstico e direitos dos autistas A reunião realizada hoje (3) foi promovida pelo deputado Evandro Araújo (PSC) e contou com as participações de pais e especialistas.

03/04/2019 15h10 | por Thiago Alonso
Debatem sobre diagnóstico e direitos dos autistas reuniu especialistas.

Debatem sobre diagnóstico e direitos dos autistas reuniu especialistas.Créditos: Kleyton Presidente/Alep

Debatem sobre diagnóstico e direitos dos autistas reuniu especialistas.

A Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) promoveu nesta quarta-feira (3) um debate com a presença de pais de portadores de Transtorno do Espectro Autista (TEA), profissionais da área e outros interessados para discutir o tema “Diagnóstico, Acolhimento e Direitos”. O encontro faz parte da programação da Semana Estadual da Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista, instituída pela lei 19.025/2017, de autoria do deputado estadual Evandro Araújo (PSC), propositor da reunião.

“Definimos este tema por entendermos serem estes os principais pilares para trazermos à reflexão, visando a intervenção prematura, a qualidade de vida e o acesso às prerrogativas previstas em lei”, afirma o deputado. De acordo com o deputado, há um crescimento do autismo, assim como das dúvidas acerca do transtorno. “O objetivo é debater para dar visibilidade e profundidade ao assunto. Com isso, podemos produzir políticas públicas melhores. Estamos falando de vida, de pessoas. Não podemos deixar passar em vão”, diz.

Participam do evento a neuropediatra Mauren Janine Schinddwein Bodanese; a especialista em Marketing e Tendências de Consumo Pâmela Basso; a advogada e consultora jurídica na área de Saúde Pública, Renata Farah, o deputado Márcio Pacheco (PDT), além de pais, terapeutas, psicólogas e analistas de comportamento.

Diagnóstico – De acordo com a neuropediatra Mauren Bodanese, quanto mais precoce o diagnóstico, desenha-se melhor um tratamento. “Atualmente os diagnósticos acontecem por volta dos quatro anos de idade. O ideal seria isso acontecer até os 12 meses. Quanto isso ocorre, os avanços são maiores. As famílias precisam estar orientadas para identificar os sinais”, diz. Entre estes sinais mais comuns estão os de não reagir ao ser chamado pelo nome, não aportar objetos que deseja, não interagir durante a amamentação, não imitar comportamentos, passividade e choro desesperado, entre outros.

 Acolhimento – O passo seguinte ao diagnóstico é o acolhimento. O tema foi tratado por Pâmela Basso, mãe de um adolescente portador de TEA, e co-fundadora da Startup “Oi Caixinha”, que desenvolve metodologia e atividades com o propósito de promover interação entre pais e filhos. Ela relatou a experiência do diagnóstico do filho aos 13 anos.

“Coisas simples, como uma visita, sempre foram uma tortura para nós. Meu filho sempre foi taxado de terrível, mimado, mal-educado. Quando ele foi diagnosticado como portador de TEA, senti que algo dava nome a tudo o que eu vivia e que finalmente poderia ajudá-lo. Mas antes, eu precisava me ajudar”, explica. Neste ponto entra o acolhimento. “Ao iniciar o tratamento da criança, precisamos promover o tratamento da própria família. Esta também precisa de apoio”, diz.

Direitos – A advogada Renata Farah, detalhou pontos das leis que defendem os direitos dos portadores, entre elas a Lei federal nº 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Na opinião dela, as leis promovem a inclusão e direitos básicos, mas sem efeitos práticos. “As leis são muito bonitas, mas falta efetivação. Elas falam em direito a diagnóstico e tratamento, mas como se chegar a isso? Com normatização. Precisamos de mão-de-obra e uma ação conjunta para se chegar a algo eficiente”, opina.

Interior – Palestras, mesa-redonda, debates e passeatas são alguns dos eventos programados, e que estão acontecendo, de 1 a 7 de abril de 2019, em Curitiba e outras regiões do Estado. As demais ações ocorrerão em Andirá, Ubiratã, Medianeira, Telêmaco Borba e Marialva, no interior do Estado. “Nosso objetivo em estender também a outras regiões é sensibilizar o maior número de pessoas possível com esta causa”, comenta Evandro Araújo. A data da comemoração da Semana Estadual de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista foi fixada a partir do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado em 2 de abril.

 

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