Assembleia promove o III Encontro do Dia Estadual do Celíaco Evento organizado pela deputada Claudia Pereira (PSC) novamente lotou o Plenarinho da Alep, destacando direitos dos portadores da doença celíaca.

18/05/2018 15h00 | por Sandra C. Pacheco
III Encontro do Dia Estadual do Celíaco.

III Encontro do Dia Estadual do Celíaco.Créditos: Denise Paciornick

III Encontro do Dia Estadual do Celíaco.

Deputada Claudia Pereira (PSC) ao lado da médica gastroenterologista Lorete Maria da Silva Kotze.Créditos: Jordan Germano

Deputada Claudia Pereira (PSC) ao lado da médica gastroenterologista Lorete Maria da Silva Kotze.

O III Encontro do Dia Estadual do Celíaco aconteceu na manhã desta sexta-feira (18) no Plenarinho da Assembleia Legislativa Paraná completamente lotado. A iniciativa do evento foi da deputada Claudia Pereira (PSC), autora da lei que instituiu a data oficial no estado e de outras propostas referentes à área. Os convidados e demais participantes foram recebidos com um café da manhã à base de produtos sem glúten, seguindo-se um ciclo de palestras sobre os 20 anos da Associação dos Celíacos do Paraná (ACELPAR), os direitos do portador da doença, o diagnóstico e o tratamento hoje disponível, que consiste em dieta livre de cereais como trigo, cevada. aveia, centeio e malte. Farinha de milho, de arroz e de mandioca são exemplos de produtos que não contém a proteína.

Estima-se que uma em cada 200 pessoas no mundo todo apresente o distúrbio, mais frequente nas mulheres e descrito como uma reação exagerada do sistema imunológico à ingestão de glúten, proteína encontrada em vários cereais. De origem genética, ela pode provocar diarreia, anemia, perda de peso, osteoporose, câncer e até déficit de crescimento em crianças. O corpo de quem apresenta o problema não produz enzima responsável pela quebra do glúten, fazendo com que a proteína não seja adequadamente processada. O sistema imune, então, reage ao acúmulo e ataca a mucosa do intestino delgado, causando lesões e comprometendo o funcionamento do órgão.

O diagnóstico não é tão simples e inclui exames de sangue e biópsia do intestino delgado. A doença se apresenta em várias gradações, em qualquer idade, e não existe cura conhecida para ela, apenas prevenção, por meio de dieta apropriada.

Palestras – A médica gastroenterologista Lorete Maria da Silva Kotze, doutora em Medicina Fellow do Colégio Americano de Gastroenterologia e uma das fundadoras da ACELPAR, fez um histórico da instituição e suas conquistas ao longo de vinte anos, que conferem ao Paraná uma posição pioneira no enfrentamento da doença. Para ela, é imprescindível garantir que a população receba informações sobre o tema e sobre onde encontrar apoio e assistência. Com esse objetivo, a associação divulga boletins e integra grupos de estudos em doenças do sistema digestório.

A professora de Direito da PUC/PR, Karina da Silva Magatão, falou sobre os direitos dos celíacos, frisando que sua vulnerabilidade obriga o Estado a viabilizar políticas públicas de proteção. Explicou que a segurança alimentar é uma busca crescente no mundo e estimulou as pessoas a buscarem seus direitos, principalmente por meio de ações coletivas através de órgãos como a ACELPAR, o PROCON e o Ministério Público, e informou que uma cartilha explicativa está sendo elaborada no âmbito da universidade e deverá ser editada em breve.

Impossibilitada de comparecer pessoalmente ao evento desta sexta-feira no Legislativo estadual, a diretora do Procon/PR, Claudia Silvano, gravou um vídeo que foi exibido durante o encontro, respondendo a uma série de dúvidas mais frequentes sobre os direitos dos portadores da doença celíaca.

A médica gastroenterologista Danielle de Castro Kiatkoski abordou os sintomas, o diagnóstico e o tratamento da doença celíaca, destacando que a doença não tem cura e que enzimas para digerir o glúten não protegem o celíaco. Chamou a atenção também para a contaminação cruzada – uso de utensílios e locais utilizados anteriormente para processar alimentos com glúten – e para o fato de que a dieta sem glúten não é moda nem opção, é indispensável para proteger a vida e a saúde dos celíacos.

Também participaram do encontro a presidente da Associação dos Celíacos do Brasil, Solange Nascimento; a representante do Conselho Regional de Nutricionistas, Marcia Regina Messagi; a presidente da Associação dos Celíacos Kids, Sophia Cendofante Sezerino; a professora do Curso de Nutrição da Universidade Federal do Paraná, Cíbele Pereira Kopruszynski; e, representando a Itaipu Binacional, Marcos Tom Ramos.

 

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