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Assessoria de Imprensa da Alep

O Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Curitiba (Conresul) está finalizando a licitação que definirá a empresa que implantará o sistema de processamento do lixo gerado em Curitiba e mais 16 municípios da região. A afirmação é da secretária executiva do Conresul, Marilza Oliveira Dias, que participou da audiência pública “Caximba: o desafio do lixo em Curitiba e região” realizada na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (14).Segundo a secretária, atualmente o consórcio está na fase de análise das propostas de preços apresentadas pelas empresas que participam da concorrência. Cinco delas foram consideradas aptas por atenderem às exigências do edital. “Depois dessa fase, passamos para a definição da área que receberá os resíduos e, posteriormente, para a implantação do sistema”, disse. A definição da nova área que receberá os resíduos sólidos urbanos de Curitiba e dos demais municípios que hoje usam o aterro da Caximba foi um dos temas abordados pela audiência pública, promovida pela Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembleia, atendendo pedido da deputada Rosane Ferreira (PV). “Essa audiência não resolverá o problema, mas cumpre o dever de se inserir numa discussão que hoje está restrita aos municípios e ao Instituto Ambiental do Paraná”, disse Luiz Eduardo Cheida (PMDB), presidente da CEMA. A tecnologia que será usada pelo Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resíduos (SIPAR), definido pelo Conresul, também foi tema da audiência pública. Para Cheida, o novo sistema deve reduzir ao máximo a quantidade de resíduos destinados ao aterro, ampliando a vida útil da área e reduzindo o impacto ambiental. Para o deputado, uma saída para o problema seria o incentivo maior à reciclagem e a devolução dos resíduos às indústrias. Recebendo duas toneladas de lixo por dia, o aterro da Caximba existe há 20 anos e está com sua capacidade praticamente esgotada. Para resolver o problema, o Conresul iniciou em junho de 2007 estudos para localização de áreas para receber os resíduos. Das 30 áreas que foram estudadas, apenas três apresentaram viabilidade. Curitiba e Fazenda Rio Grande já têm licenças prévias do IAP. O mesmo deveria acontecer com Mandirituba, considerada a melhor área, mas o licenciamento não foi emitido por causa de uma lei municipal que proíbe o município de receber resíduos gerados em outras regiões. Marilza Dias disse entender a preocupação da população com relação ao depósito de resíduos em suas regiões, mas garantiu que o novo sistema que será usado pelo consórcio usará uma tecnologia moderna, sustentável e de baixo impacto ambiental. “A tecnologia permitirá um maior aproveitamento dos resíduos. Temos uma visão de longo prazo que não implantará aterros para recebimento de lixo bruto”, explicou. Ana Cecília Novacki, coordenadora do Departamento de Atividades Poluidoras do IAP, disse que o Instituto vem acompanhando o aterro da Caximba, desde a década de 80, quando foi implantado. “Neste momento o IAP tem trabalhado na fiscalização do aterro e no processo de definição da nova área e da tecnologia que será usada no local”, disse. Segundo a coordenadora, na metade deste ano, o IAP recebeu da Prefeitura de Curitiba o projeto de encerramento do aterro, que sugere o recebimento de resíduos até dezembro de 2010, mas para o IAP o aterro só poderá funcionar até janeiro do ano que vem. Robertson Fonseca Azevedo, promotor de Justiça do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente, não concorda com a sugestão apresentada para solucionar a questão do lixo da Grande Curitiba. “O Ministério Público entende que cada município deveria cuidar dos resíduos que produzem”, disse. Além disso, o promotor defende que os municípios devam seguir princípios definidos por políticas públicas que reduzam a geração de resíduos e incentivem a compostagem e a reutilização e a reciclagem desses materiais. A audiência Pública contou ainda com a presença do prefeito de Campo Largo, Edson Basso; do secretário municipal do Meio Ambiente de Araucária, Eduardo Kuduavski; dos vereadores Algaci Túlio e Noemia Rocha; do diretor-presidente da Mineropar, Eduardo Salamuni; do representante da Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde, Carlos Vagner Correia; do presidente da Associação dos Moradores do Caximba, Jadir Lima; do diretor técnico da Comec, Antonio Wandscheer e do diretor da Suderhsa, Jorge Calado. Participaram ainda os deputados Edson Strapasson (PMDB), Elton Welter (PT), Luis Fernando Litro (PSDB), Reni Pereira (PSB), Tadeu Veneri (PT) e Rosane Ferreira (PV).
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