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Assessoria de Imprensa da Alep

A Assembleia Legislativa homenageou nesta quinta-feira (5), o desembargador Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, que foi nomeado em julho deste ano, pela presidência da República para exercer o cargo no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT). A outorga de menção honrosa foi proposta pelo deputado Alexandre Curi (PMDB) e aconteceu no Salão Nobre da Casa. Ricardo Fonseca é o primeiro juiz deficiente visual do país. Participaram da homenagem a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª Região, desembargadora Rosalie Michaele Bacila Batista; o procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 9.ª Região, Ricardo Bruel da Silveira; o presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da 9.ª Região (AMATRA), Carlos Augusto Penteado Conte; o desembargador Edmilson Antônio Lima e colaboradores do magistrado. “A Assembleia Legislativa não poderia deixar de prestar esta homenagem. O desembargador Ricardo da Fonseca é um exemplo de força de vontade, disposição e superação. Mesmo com as dificuldades encontradas na vida, ele conseguiu superá-las e se tornar um dos mais novos membros da mais alta corte do Estado”, disse Curi. Para o deputado, o fato de ter sido escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma lista tríplice mostra a competência do magistrado.Ricardo da Fonseca considerou a homenagem “um momento de extrema emoção”. Segundo o desembargador, seu currículo é fruto de muito trabalho, mas também do apoio que teve de amigos e da esposa, Suzana Maria Assumpção Silva Marques da Fonseca, ao longo de sua vida pessoal e profissional. “A adoção faz parte de um processo de decisões. Ao longo de minha vida adotei várias opções. A primeira foi o Direito do Trabalho, depois adotei a cidade de Campinas (SP), onde trabalhei no Ministério Público. Também adotei uma filha, nossa caçula, e depois Curitiba, aonde vim para fazer doutorado”, contou o desembargador. Fonseca diz que Curitiba e o Paraná os cativaram e os adotaram. De acordo com o desembargador, o momento especial que vive atualmente é resultado de um esforço conjunto e, por isso, fez questão de homenagear todos os colaboradores que trabalham com ele, no TRT. O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), líder do governo da Assembleia, também fez questão de homenagear o desembargador, seu ex-professor de Direito, na Unibrasil. “O professor Ricardo Fonseca estabelece um novo paradigma na Justiça do Trabalho do país. Ele é uma demonstração que o esforço pessoal pode superar todas as adversidades”, disse. Fonseca nasceu prematura de seis meses e teve paralisia cerebral. Aos 23 anos, já na faculdade, perdeu a visão. Trabalhou 18 anos no Ministério Público de São Paulo. Ele aprendeu a linguagem braille, mas se utiliza mais da tecnologia e usa programas que lêem os documentos direto do computador. O procurador chegou a ser reprovado em um concurso para juiz no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, no qual havia passado no exame escrito, com a justificativa de que a Justiça não poderia aceitar uma pessoa cega. Em 1991, quando fez o concurso para Procurador do Trabalho, foi aprovado em 6º lugar numa prova disputada por 5 mil candidatos. Fez mestrado, doutorado, publicou dezenas de artigos acadêmicos e escreveu um livro: O trabalho da pessoa com deficiência e a lapidação dos direitos humanos.
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