Audiência Pública Na Assembléia Debate Sobre Febre Aftosa

15/12/2005 18h50 | por Flávia Prazeres
Para Editoria de PolíticaDistribuído em 15/12/05Jornalista: Flávia PrazeresLideranças nacionais e estaduais discutiram nesta quinta-feira (15) no plenarinho da Assembléia Legislativa do Paraná a questão sobre a febre aftosa, dividida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que afirma ter ocorrido um contato dos animais com o vírus no Estado e pela classe política e pecuaristas que negam a existência da doença.O vice-governador do Paraná, Orlando Pessuti (PMDB) disse na ocasião que há sorologia e não a doença da febre aftosa. Na seqüência, o coordenador de Combate as Doenças do Ministério, Jamil Alves de Souza concordou com a afirmação do Pessuti e fez uma demonstração gráfica do tamanho da área livre em setembro de 2005, “hoje grande parte desta área está suspensa, ou seja, sendo estudada se existe ou não a presença da doença”, enfatizou.Jamil ainda falou que a erradicação da doença, iniciada em 1960, depende de uma ação conjunta dos governos federal e estadual e dos produtores de carne no Brasil. “O menor vacilo em relação à febre aftosa pode gerar um estrago muito grande. O Brasil tem que avançar na erradicação da febre aftosa, para isso deve fazer o controle também nas fronteiras com outros países, pois o vírus não respeita barreiras”, ressaltou. O professor de virologia da Universidade de Londrina, Amauri Alfieri apresentou a evolução da produção de carne nos últimos dez anos. De acordo com sua apresentação, a taxa de exportação da carne bovina cresceu de 1996 a 2005, passando de 4,1% a 21,8%, o mesmo ocorreu com a carne suína e a avicultura. O frango de corte lidera com quase 31% da exportação e as projeções do Governo Federal é de uma arrecadação em 2005 superior aos U$ 2 bilhões de dólares.Alfieri também abordou os investimentos feitos pelo Programa Nacional de Erradicação que segundo ele são proporcionais ao número de registros da doença da febre aftosa. “A falta de recursos para o controle da doença coincide com o aumento de focos da febre aftosa. Mas ainda assim tivemos uma grande diminuição de 1993 até 2004, dos 2.093 focos identificados no primeiro ano, apenas cinco foram registrados no último ano”, explicou.No entendimento do deputado José Maria Ferreira (PMDB), a crise causada pela febre aftosa já foi longe demais e o Paraná não pode pagar os prejuízos e assumir a culpa por indefinições dos técnicos do Ministério da Agricultura, fato que tem gerado sérios problemas para os produtores e exportadores de carne.Estiveram presentes os deputados estaduais, Dobrandino da Silva (PMDB), Antonio Anibelli (PMDB), Élio Rusch (PFL), Elton Welter (PT), José Maria Ferreira (PMDB) e os deputados federais Dilceu Sperafico (PP), Abelardo Lupion (PFL) e César Silvestri (PPS) e o procurador-geral do Governo do Estado, Sérgio Botto de Lacerda.

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