Bancada do Pmdb Vai Investigar Aplicações da Fundação Copel

05/03/2007 10h07 | por Zé Beto Maciel / Luiz Filho / (41) 3350-4191 / 9648-1104 / 9241-2401 / h2foz@hotmail.com / contato@luizromanelli.com.br
O líder do PMDB na Assembléia Legislativa, Waldyr Pugliesi, está recolhendo as 18 assinaturas necessárias ao requerimento para instalação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que vai investigar as aplicações da Fundação Copel no Banco Santos. “Vamos apurar a denúncia sobre a aplicação de recursos da Fundação Copel na época em que o Banco Santos estava sob investigação do Banco Central e mesmo posteriormente quando banco já estava sob intervenção do BC e, em seguida, teve sua falência decretada pela Justiça”, disse Pugliesi.Conforme a denúncia, a Fundação Copel mantinha recursos aplicados no Banco Santos mesmo após a intervenção do BC em 12 de novembro de 2004. As aplicações na ordem de R$ 36,7 milhões ficaram retidas após a decretação de falência do banco em setembro de 2005. “É uma denúncia grave sobre o mau gerenciamento de recursos públicos e o Paraná não pode compactuar com qualquer tipo de prevaricação”. “O que sabemos é que a Fundação Copel mantinha aplicados R$ 400 milhões em certificados de depósitos bancários (CDB) e fundos de investimentos. Após as investigações e a intervenção do Banco Central, parte desses recursos foi retirada do Banco Santos e aplicada em outras instituições bancárias. Mas o que vamos investigar é mesmo o Banco Santos sendo considerado de risco, pelas empresas que operam os fundos de investimentos e outras operações do tipo, R$ 36,7 milhões foram mantidos em CDB. O que os deputados querem apurar é isso. Por que um banco sob investigação, intervenção e falência, mantinha recursos públicos do Paraná”, reafirma Pugliesi.A Fundação Copel, conforme a denúncia apresentada aos deputados, lançou como prejuízo nos seus balanços os R$ 36,7 milhões que tinha aplicado em CDB do Banco Santos. “É estranho que após a intervenção, liquidação e falência do banco, esses recursos não voltaram a fundação que o lançou como prejuízo”, disse Pugliesi.A Assembléia Legislativa já tem seis pedidos de CPI’s aprovadas para ser instaladas, entre elas, a que vai investigar as irregularidades no pagamento de R$ 10 milhões feito pelo DER para a empreiteira DM em 2002. Os pedidos querem ainda investigar a venda e a alienação do Banestado e da Ambiental Paraná, a transferência de créditos de ICMS nos últimos 12 anos, a antecipação de royalties pagos pela Itaipu Binacional ao Governo do Estado, os contratos de subconcessão da Ferroeste à Ferropar e aplicação de recursos públicos em ONG’s e entidades do terceiro setor.“Há um entendimento dos deputados que a Assembléia não tem condições, suporte técnico, para investigar todos os temas propostos, mas uma denúncia grave pode anteceder pedidos já feitos. Vamos conversar com os deputados, com a mesa executiva, para adiantar a instalação das CPI’s que foram necessárias, por ser duas ou três, no máximo”, disse o líder de Governo, Luiz Cláudio Romanelli.FALÊNCIA CAUSOU ROMBO DE R$ 1 BILHÃO, SEGUNDO MPO processo que levou à falência o Banco de Santos começou em 12 de novembro de 2004, quando o Banco Central decretou sua intervenção. Psteriormente, o BC decretou sua liquidação em 24 de maio de 2005 e a justiça decretou sua falência em setembro de 2005. O Ministério Público estima que a instituição financeira deixou um rombo de mais de R$ 1 bilhão. Os correntistas do banco tiveram saques limitados a R$ 20 mil para contas à vista e cadernetas de poupança. Os demais recursos ficaram bloqueados à espera de que fosse encontrada uma solução para a instituição financeira. No entanto, os interventores do BC não conseguiram solucionar essa questão, o que levou a liquidação e falência do banco.O Banco Santos era presidido por Edemar Cid Ferreira, cujos bens ficarão indisponíveis. O banco foi, segundo o BC, o 21º maior banco do país, com cerca de R$ 6 bilhões em ativos, R$ 2 bilhões em depósitos e 303 funcionários. Além de Ferreira, os diretores do banco nos últimos 12 meses também terão seus bens indisponíveis.

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