CADEIAS PÚBLICAS:ALTO MARACANÃ E PARANAGUÁ SÃO IGUAISComissão de Direitos Humanos condena omissão do governo e responsabiliza Delazari e Requião pelo descaso. Ao realizar nesta quinta-feira (02) uma visita de inspeção na Cadeia Pública de Alto Maracanã, para apurar denúncias de irregularidades, o deputado José Domingos Scarpellini, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, constatou que o ambiente realmente é o pior possível, dado o alto índice de insalubridade e a superlotação que o torna propício à doenças infecto-contagiosas, agravado pelo surgimento de insetos e aranhas, que já picaram dois detentos. Scarpellini concluiu que o ambiente da cadeia só não é pior que o de Paranaguá (já interditada) porque nada se compara àquela situação. A capacidade da cadeia é para 16 presos onde está uma população de 70 detentos, num ambiente promíscuo e deplorável, sujeitos a doenças e aguardam a própria morte.”Não sou eu quem repito a história, é a história que se repete”, concluiu Scarpellini.O Caso Paranaguá A Comissão de Direitos Humanos, em nota oficial divulgada ontem, defendeu que a interdição da Cadeia de Paranaguá seja mantida, por considerar que a situação, mesmo com 52 presos transferidos para o COP, continua a mesma: a unidade abriga 102 presos (muito acima da sua capacidade que é de 20), e o ambiente úmido e insalubre, contaminado por turberculose e outras doenças infecto-contagiosas.A nota foi encaminhada ao promotor que pediu a interdição, Dr. André Calixto, à juíza de Direito e ao Procurador Geral do Estado, para que mantenha a decisão. Para Scarpellini, apesar da contribuição do secretário de Justiça Aldo José Parzianello, a cadeia ainda não reúne condições porque o Secretário de Segurança Luís Fernando Delazari não se conscientizou de suas responsabilidades e não deu ainda nenhuma contribuição para solucionar o caso. Mesmo depois de retirados os doentes e os condenados, a cadeia ainda mantém 102 presos, segundo o delegado Walmir Sóccio, e não pode receber mais nenhum, o que está acarretando problemas de segurança para a cidade. A responsabilidade é do secretário Delazari e do governador Roberto Requião, concluiu o presidente da CDH. Informações: Osni Calixto 3350-4072