11/04/2007 19h05 | por
O líder da Oposição na Assembléia, deputado Valdir Rossoni (PSDB), ironizou nesta quarta-feira (11) as tentativas do líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli, de minimizar a denúncia que a Pavibrás - empresa que presta serviços a Sanepar - havia falsificado uma apólice de seguro que deveria garantir obras públicas financiadas pelo programa Paranasan.“Não tem como explicar nem minimizar o caso”, disse Rossoni. O deputado observou que suas denúncias são comprovadas por documentos inquestionáveis. “O que o governo Requião está tentando fazer nesse caso é comparável a um marido tentando explicar para mulher aquelas manchas de batom na cueca”, comparou Rossoni.O governo alega que a Sanepar já havia detectado a fraude e estavam tomando providências, ironizou Rossoni. Alegam que haviam notificado extra-judicialmente a empresa, prosseguiu o deputado, mas o que sabemos, de fato, sobre a relação da Pavibrás com o governo Requião é o que foi revelado pelo presidente do Conselho da Sanepar, disse Rossoni. “E o que ele disse foi o seguinte ‘A Pavibrás ganhou uma licitação para obras no litoral no valor de R$ 69 milhões. A Sanepar já repassou R$ 113 milhões, mas as obras ainda não foram concluídas e a Pavibrás cobra mais R$ 40 milhões’, recordou Rossoni”.Sobre o caso do seguro, Rossoni lembrou que “pela moralidade pública, quando vem à tona uma fraude grotesca como essa, que envolve uma obra do poder público, a primeira providência é rescindir o contrato e depois encaminhar ao Ministério Público para investigação. Quais procedimentos foram, de fato, tomados pela Sanepar? Para quem encaminharam o ofício, para o palácio Iguaçu?”, indagou. Rossoni informou que a Oposição vai encaminhar a prova da fraude ao Ministério Público e levar todas as denúncias envolvendo a Sanepar à Comissão de Fiscalização da Assembléia. A bancada também contava com a aprovação do requerimento que pedia as cópias de todas as apólices dos seguros contratados para as obras da Sanepar para estudar a necessidade de criação de uma CPI. O requerimento foi rejeitado por 22 votos a 20. Para Rossoni, com a derrubada do requerimento a bancada do governo declara que não há transparência no governo Requião. “Democraticamente, demos oportunidade ao governo para esclarecer a irregularidade, até para para saber se esta fraude foi uma exceção ou é uma regra da Sanepar. Onde passa um boi passa uma boiada”, advertiu o líder da oposição.