O deputado estadual e presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia, Luiz Eduardo Cheida (PMDB), falou nesta quarta-feira (03), em Brasilia sobre as doenças que acometem os seres humanos e têm suas origens no desequilíbrio ambiental, durante o Seminário "Um mundo -Uma Saúde" - promovido pela Wildlife Conservation Society (Sociedade para a Conservaçao da Vida Selvagem) - uma das mais antigas instituições de preservação a vida silvestre e áreas naturais urbanas no mundo. Cheida foi o único parlamentar brasileiro convidado a participar do evento, que reuniu profissionais brasileiros e estrangeiros para debaterem a saúde e o meio ambiente com o patrocínio da Organização das Nações Unidas (ONU). e Ministério do Meio Ambiente e entidades privadas, a Wildlife Conservation Society. Para Cheida as doenças transmitidas entre seres humanos e animais, que atentam contra a economia, a biodiversidade e a saúde global do Planeta, são produtos da ação humana sobre o ambiente. "A saúde humana e a saúde de animais domésticos e silvestres estão intimamente relacionadas. O desafio da chamada Medicina da Conservação é desenvolver estratégias que enfrentem as ameaças de doenças emergentes como a gripe aviária, febre-aftosa, peste suína, antavirose e outros males mortais", destacou Cheida, que também é medico, em seu discurso na abertura do Seminário. Segundo ele, na medida em que pessoas e animais domésticos ou de criação invadem áreas ainda intactas na natureza, o risco de transmissão de doenças fatais aumenta. "Hoje, as doenças infecciosas e não-infecciosas de humanos e animais domésticos e silvestres já são um problema para a conservação da biodiversidade e para a qualidade da vida humana", afirmou o deputado. Cheida defendeu ainda, a capacitação dos técnicos e profissionais da área para que os mesmos possam cuidar e proteger, mundialmente, a saúde da fauna silvestre, das pessoas e dos animais domésticos. "Além disso, temos que promover políticas, diretrizes e práticas adequadas que assegurem um planeta saudável", finalizou Cheida. Atuação - A Wildlife Conservation Society (WCS) - Foi criada em 1895, com sede no Zoologico do Bronx, em Nova Yaork com o objetivo de preservar a vida silvestre e áreas naturais no mundo todo. Seus instrumentos são a pesquisa cientifica, a conservação internacional, a educação eo manejo do maior sistema de Áreas naturais urbanas do mundo. Por meio deles, a organização busca modificar as atitudes de pessoas frente a natureza, fazendo-as perceber que é possível a interação sustentável, tanto em uma escala global quanto local. Suas ações atingem milhões de pessoas, em mais de 50 paises. A atuação da WCS na América Latina e Caribe teve inicio em 1903 e continua até hoje, tendo sido desenvolvidos projetos em diversas regiões como a Patagônia, os Andes e a Amazônia. Nenhuma outra organização internacional de Proteção a natureza tem uma historia tão longa e relevante na região. Atualmente, o Programa para América Latina e Caribe (LACP) compreende 45 Programas em 14 nações.