No mês da mulher, a deputada Cida Borghetti (PP) subiu à tribuna da Assembléia Legislativa na sessão plenária desta terça-feira (04) para tratar da participação da mulher na política e em outras áreas de atuação, pois de acordo com ela é preciso haver um aumento do contigente feminino em todos os níveis de poder. "É certa a consciência da importância da participação da mulher na política, mas ainda há muito a ser feito, sendo necessárias as definições de metas e estratégias que possam resultar numa maior participação feminina. As cúpulas dos principais partidos não são essencialmente abertas para as mulheres", defende. A deputada cita ainda em seu discurso alguns números que apontam presença feminina em distintas áreas, mas não mulheres na direção destas instituições, entre elas na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na qual 52% são mulheres, mas não há dirigentes do sexo feminino. O mesmo ocorre na Associação Brasileira de Imprensa composta por 40% de mulheres, porém nenhuma possui cargo mais alto. E no Conselho Federal de Medicina com 31,5% de participantes e nenhuma na direção da entidade. Já nas forças sindicais a realidade é um pouco diferente, pois na CUT, segundo dados apontados pela deputada, 30% dos diretores são mulheres, na Força Sindical 11% e na Contag 12,5%. "Estes dados apenas reafirmam o quadro conhecido por nós, que há mudanças, mas ainda falta a conquista de uma nova realidade e de uma participação mais efetiva da mulher", ressaltou. Segundo ela, as pesquisas em todo o mundo apontam que as políticas adotadas pelas mulheres são mais de natureza social, impingindo um caráter redistribuitivo, o que para ela representaria uma modernidade política. "A mulher defende questões que fazem parte do seu universo de interesses, como as políticas ligadas à saúde da mulher e da criança, a luta pela implantação de escolas, creches, discriminação, assédio sexual e dependência econômica", concluiu.