É uma CPI diferente. O objetivo é buscar soluções para os migrantes e refugiados no Paraná. A investigação nesse caso, vai acontecer, mas para que os parlamentares levantem números e informações  sobre a real condição em que vivem essas pessoas no estado para depois atuar.     Foi o que reafirmou durante a reunião da Comissão, na manhã desta terça-feira (23), no auditório legislativo da Assembleia,  o presidente da CPI, deputado Hussein Bakri (PSC).

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 A prioridade, disseram os representantes de instituições sírias, haitianas e angolanas, entre outras, ao longo da reunião, é a construção de uma Casa de Passagem, um local que funcionaria como um abrigo para quem vem de outros países, antes que a documentação fique pronta. E isso leva cerca de três meses. Outro pedido feito durante o encontro:  a possibilidade de agilizar esse processo.

  Há pouco mais de dois anos no Brasil, o padre sírio, Simão, que é de uma comunidade católica ortodoxa, cuida de 35 famílias de refugiados também vindos da Síria. Ele diz que as principais dificuldades dessa população são a língua e o trabalho. Muitos têm curso superior, mas aqui, quando conseguem um emprego, é como auxiliar de serviços gerais ou pedreiros. Ele ouviu do deputado Tercílio Turini,  que vai intervir junto ao Governo do Estado para auxiliar na revalidação dos diplomas.  Para padre Simão, também seria preciso criar uma lei estadual que auxilie e garanta os direitos e também os deveres para quem vem de fora.

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O Brasil tem uma legislação, que é do ano de 1997, que regulamenta a situação dos refugiados no país. E um Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), interministerial formado para atender a comunidade. Segundo dados do CONARE,  atualmente são cerca de 9 mil (8.863) refugiados de 79 nacionalidades diferentes vivendo no Brasil. Sendo que 28,2% são mulheres. A maioria (2.198) é da Síria, seguida pelos angolanos, ambos fugindo de guerras civis. Ainda, de acordo com o mesmo levantamento, o número de solicitações cresceu quase 3.000% em cindo anos.  (De 960 pedidos em 2010 – para 28.670 pedidos em 2015).

O relator da  Comissão, deputado Cobra Repórter (PSC), ficou sensibilizado com o que ouviu e afirmou que a Assembleia fará o que for possível para melhorar a vida dos migrantes e refugiados.

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O deputado Chico Brasileiro (PSD) também participou da reunião ao lado do cônsul geral do Senegal no Paraná e Santa Catarina,  Oziel Moura dos Santos, o primeiro a falar, além de representantes  da Pastoral do Migrante,  Comunidade dos Árabes e Centro de Apoio a Estrangeiros, entre outros.  Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro.