Seminário sobre o Orçamento da União 2010 reúne representantes da sociedade civil organizada, deputados, prefeitos e vereadores para discutir as prioridades do estado.Investimentos em obras e melhorias nos mais diversos setores e regiões do Paraná foram debatidos no Seminário realizado no Plenário da Assembléia Legislativa, na manhã desta segunda-feira (19), para tratar das Emendas que a bancada federal do Paraná vai apresentar ao Orçamento Geral da União 2010.A reunião foi conduzida pelo deputado federal Ricardo Barros (PP), autor da proposta que tornou obrigatória, em todo o Brasil, a realização de seminários estaduais para discutir o Orçamento com a sociedade. De acordo com o deputado, R$ 5,7 bilhões serão destinado ao Paraná em 2010, dos quais, R$ 2,2 bilhões voltados à saúde, R$ 1,9 bilhão para energia, R$ 896 milhões para educação, R$ 233 milhões para previdência social, R$ 217,2 milhões ao transporte e R$ 240 milhões para outras funções. A maior parte dos recursos é para custear as despesas correntes. Apenas R$ 374 milhões são para investimentos. Para o deputado estadual, professor José Lemos (PT), o Paraná é prejudicado na repartição do bolo orçamentário recebendo muito menos do que contribui.O deputado federal Osmar Serraglio (PMDB) disse que é preciso mudar a mentalidade das autoridades em Brasília. Segundo ele, quando é feita a distribuição dos recursos, o Paraná é visto como se fosse um “oásis de desenvolvimento” e o dinheiro acaba sendo direcionado para estados teoricamente mais necessitados.“O Paraná precisa ser respeitado como um estado economicamente importante para a federação, mas que também tem seus problemas e desigualdades sociais que precisam de atenção”, disse o deputado.Os deputados têm até o dia 4 de novembro para apresentar emendas ao Orçamento da União. Podem apresentar até 25 emendas que não ultrapassem R$ 10 milhões. O deputado Alex Canziani (PTB) vai convocar a bancada em Brasília para discutir quais emendas propostas serão acatadas.Na opinião do deputado Nelson Meurer (PP), que relator setorial do Orçamento 2010, as emendas individuais devem priorizar investimentos menores em pequenos municípios do interior menos assistidos. “As grandes obras estruturais devem ser incluídas no Orçamento anteriormente pelo Governo do Estado”, disse ele. Entre os mais de 30 inscritos para discursar durante o seminário, o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, defendeu a ampliação da ferrovia até o Porto de Paranaguá. “A ligação de Guarapuava até o Porto vai custar cerca de R$ 900 milhões, mas é um investimento auto-sustentável”, afirmou. “O que nós precisamos agora é destinar recursos para a execução dos projetos para poder iniciar a obra em 2011”.O vice-governador Orlando Pessuti falou sobre a importância de duplicar a BR-277 até 2014 para poder absorver o tráfego que a copa do Mundo vai gerar com o fluxo de veículos vindos dos diversos países da América do Sul.A ampliação do aeroporto Afonso Pena, a construção do contorno ferroviário de Curitiba, construção de trincheira na entrada de Cascavel, ampliação do Hospital Universitário de Maringá (HUM), construção de CEFETs em vários municípios do Estado e pavimentação de acessos à cidades pequenas do interior também foram algumas reivindicações apresentadas pelos oradores inscritos no seminário.O Seminário Estadual para debater o Orçamento da União 2010 foi presidido pela deputada Cida Borghetti (PP) com participação expressiva de vereadores, deputados, prefeitos, secretários municipais e estaduais e representantes dos mais diversos segmentos da sociedade. Teve início as 9h30 da manhã e encerramento por volta do meio-dia
