Esta revelação bate com as denúncias anteriormente levadas ao plenário pelo próprio Marcelo, que há vários meses vinha solicitando a instalação de leitos de UTI nos hospitais de Ponta Grossa. O deputado lamentou mais uma vez que tantas pessoas sejam vítimas da falta de atenção dos órgãos do governo e que deputados ainda insistam de que a situação da saúde da cidade é boa. “Imaginem este plenário lotado. Pois esta é a visão que tenho desta tragédia”, destacou o deputado.São números que ninguém quer lembrar ou fazer parte deles, explicou o deputado, dizendo que “isso não é apenas uma notícia, mas a história da cidade. São centenas de pessoas que perderam seus entes queridos agonizando a espera de um leito”, lembrando uma imagem de campo de concentração, frisou.Para Rangel o governo já sabia destes números, mas se omitiu, forçando-o a entrar na Justiça para obter os dados. O deputado destacou também que foi desmentido por ordem dos defensores do Palácio Iguaçu e perguntou: “E agora a culpa de quem é?”, questionou.Com os dados do Ministério Público confirma-se que os números são muito maiores do que se imaginava. Enquanto se pensava que morriam pessoas todos os meses, constata-se agora que são pelo menos três mortes por semana.Rangel cobrou novamente que soluções sejam tomadas com urgência, lamentando que “as alternativas apresentadas até agora são a longo prazo e as mortes se repetem com uma velocidade surpreendente”.Rangel finalizou apontando que sempre que sobe à tribuna da Assembléia e leva uma notícia ruim ela é tida como mentirosa. No entanto apontou que escândalos se sucedem e destacou que durante suas denúncias foi acusado de criar factóides. “Existe algo pior do que roubalheira, maracutaias e desvios de milhões de reais. São as mortes que ocorrem todos os dias e que não têm retorno”. “E complementou dizendo que “na inauguração do Hospital Regional que está custando R$ 14 milhões, será necessário uma relação com os nomes das 432 pessoas que foram vítimas do descaso do governo”.