Deputado Luiz Eduardo Cheida (pmdb)

25/06/2008 17h45 | por Ceres Battistelli / 41 3350-4088
Tema foi alvo de debate na Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia, promovido pelo Deputado Cheida A Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa promoveu, nesta quarta-feira (25) audiência pública sobre a geração de etanol a partir da batata-doce. Entre os pontos positivos da produção do álcool proveniente da batata-doce, está o fato de que o plantio pode ser feito em áreas degradadas e solos arenosos com baixo custo. Devido a sua alta produtividade, o tubérculo está sendo considerado por pesquisadores e especialistas como a mais promissora matéria-prima do etanol fino.Os pequenos agricultores paranaenses que apostarem no plantio da batata-doce terão mais uma fonte de renda e a garantia de compra da produção. A Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa promoveu, nesta quarta-feira (25) uma audiência pública sobre a geração de etanol a partir da batata-doce. Foram convidados para debater o tema, representantes da Bioex - empresa de Ponta Grossa que já tua neste ramo e técnicos das Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente, Emater Copel, TECPAR, LACTEC e Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR).Eficiência – Entre os pontos positivos da produção do álcool proveniente da batata-doce, está o fato de que o plantio pode ser feito em áreas degradadas e solos arenosos com baixo custo. Devido a sua alta produtividade o tubérculo está sendo considerado por pesquisadores e especialistas como a mais promissora matéria prima do etanol fino. Para que se tenha uma idéia, em Ponta Grossa estão sendo plantadas dez espécimes de batata-doce - as mais promissoras selecionadas entre 600 espécimes - que estão rendendo, em média, 40 toneladas de raízes por hectares e teores de 27% de amido, capazes de produzir 170 litros de álcool por tonelada do tubérculo. Estes resultados se devem ao alto teor de açúcares encontrados na batata-doce. A proposta traz ainda benefícios ambientais, já que os cerca de 300 quilos de resíduo resultantes do processo de extração - com 16% de teores de proteína - podem ser utilizados ração para alimentar rebanhos bovinos, ovinos, caprinos, suínos e peixes.De acordo com o presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente, deputado estadual Luiz Eduardo Cheida, o objetivo da audiência foi saber sobre a eficiência energética do produto, aliado a possibilidade de ser implementado pela agricultura familiar. "Cerca de 80% dos agricultores paranaenses são familiares, com propriedades inferiores a 50 hectares. Além disso, o debate diz respeito à Comissão de Meio Ambiente porque é uma produção que não gera efluentes e impacto ambiental, como é o caso da cana-de-açucar", afirmou Cheida. Segundo ele, o papel da Assembléia será, caso comprovado a eficiência, discutir marcos legais na legislação que incentivem o produtor a plantar.O Coordenador do Programa de Biodiesel da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento, Richardson de Souza, disse que a SEAB e suas autarquias (Iapar e Emater) estarão estudando a viabilidade técnica para incluir a proposta ao Programa de Bioenergia do Governo do Paraná, que disponibiliza aos pequenos agricultores alternativas de plantas oleoginosas para a produção de biodiesel. "Temos uma expectativa muito positiva quanto a este projeto, especialmente como uma alternativa de renda e desenvolvimento rural a agricultores familiares e assentamentos rurais. É uma alternativa para a diversificação da propriedade", destacou Richardson. Para o diretor de Engenharia da Copel, Luiz Antonio Rossafa, destacou que a discussão entre energia e produção de alimentos é fundamental."É a primeira vez que o Brasil promove discussões que provocam uma aproximação entre energia como alimento, energia como combustível líquido, como energia elétrica e, ainda alimenta um processo biológico, que é o fertilizante. Em 1974 era impossível imaginar a região centro –oeste produzindo soja, por exemplo. É uma evolução fantástica", enfatizou Rossafa. Ele falou ainda, sobre a polêmica da falta de alimentos, caso áreas agrícolas sejam revertidas apenas para a produção de biocombustível. "Temos 200 milhões de hectares no Brasil com pastagens de pouca produtividade. É um erro pensar que não temos um patrimônio natural compatível com a produção de alimentos. Os agricultores têm a sua dose de criatividade e competência para estabelecer um processo produtivo que seja vantajoso para si e sua família", lembrou Rossafa, mostrando-se favorável a iniciativa. O idealizador do Projeto Bioex, Dr.José Sebastião Fagundes Cunha, contou que a questão ambiental é uma das principais vantagens da produção do álcool a partir da batata-doce. "Nós não temos poluição, queimadas, resíduos e tudo que é produzido é consumido. Todo o farelo protéico é utilizado para a produção de ração animal e na produção de farelos para consumo humano", destacou o empresário, que investiu em pesquisa para multiplicação das melhores espécies de mudas, consorciada a tecnologias de colheita mecânica e plantio direto para melhorar o rendimento da produção."Temos um projeto econômico viável para o Paraná que é um estado de minifúndios e onde predomina a agricultura familiar. Neste caso a produção de etanol a partir da batata-doce tem muito a contribuir para a economia das propriedades", finalizou Fagundes. O evento contou ainda, com a presença do coordenador do Projeto Grãos da Emater, Antoninho Maurina; do pesquisador do projeto de Bioenergia da Emater, Rui Yamaoca; do engenheiro mecânico do TECPAR, José Carlos Laurindo e do diretor presidente do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), Airton Diegues Brisolla.

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