A presença do secretário Luiz Fernando Delazari vem sendo aguardada com expectativa pelos deputados da oposição, especialmente Marcelo Rangel, que nas últimas sessões da Assembléia Legislativa comentou sobre a falta de estrutura do policiamento do Paraná. “Enquanto a situação tenta nos apresentar um quadro maravilhoso e até chega a atribuir parte da culpa da nossa insegurança à sociedade, o dever do Estado está sendo esquecido”, comentou ontem o deputado Marcelo Rangel.O deputado pretende esclarecer a questão do salário do PM, notadamente os menos graduados, que têm soldo de R$ 314. Rangel quer saber também sobre os aumentos, promoções e concursos públicos. São informações que não ficaram muito claras e que demonstra um dos motivos da fragilidade do policiamento diante da evolução sempre categórica do crime. Num dos seus últimos discursos Rangel comentou também que policiais não vem tendo reajustes salariais desde 2003. Mesmo diante da defesa insistente da situação o pepessista garantiu que “o que houve foi reposição salarial e jamais aumento”. Rangel defende que os policiais sejam equiparados ao menos pelo valor do salário mínimo proposto pelo governo para todos os paranaenses. E criticou que o governo fixe normas para a iniciativa privada, mas são normas que nem ele é capaz de cumprir com os seus funcionários, criticou.A oposição como um todo está se sentindo desrespeitada e desvalorizada na Assembléia Legislativa. O deputado Rangel não vê a situação de outra forma ao garantir que “estão tentando desmoralizar o meu trabalho quando negam coisas evidentes”. Ninguém pode esconder, por exemplo, que o efetivo policial do Paraná é um dos menores do Brasil, situação que pode ser corrigida através de um projeto onde os policiais que forem se aposentando possam ser recontratados em funções burocráticas, onde poderão usar toda a experiência já demonstrada na ativa. Rangel afirma também que ao apontar os erros do Governo é encarado como um veemente opositor, quando na realidade o que ele pretende é ser um colaborador, mesmo não concordando com as formas de atuação do governo.