A escolha de Maurício Requião, no ano passado, para conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná teve nove abstenções na Assembléia Legislativa. Todos são membros da oposição ao governo do Paraná e se negaram a participar do processo porque a votação não seguiu os trâmites legais. O deputado Marcelo Rangel, líder do PPS, foi um dos que se absteve. “A decisão não respeitou a Constituição Federal e isso nos levou, junto com demais companheiros da bancada oposicionista, a não legitimar a indicação de Requião para o cargo de Conselheiro”, comentou ontem o deputado Rangel.Indagado sobre a questão do nepotismo por alguns jornalistas que cobrem a Assembléia Legislativa, Rangel comentou que “o cargo para o qual Maurício Requião foi indicado tem a função, entre outras coisas, de fiscalizar o Executivo e eu entendo que Maurício é vinculado diretamente – é irmão - ao atual governador do Paraná”.Rangel comentou também que a decisão do STF foi unânime e que o documento deu plena razão aos deputados de oposição. “Estamos tranqüilos quanto a posição que tomamos e a decisão do STF avaliza nosso procedimento”.