Deputados Condenam Na Assembléia Ataque Com Mortes Ao Mst

22/10/2007 18h53 | por Zé Beto Maciel / Luiz Filho / Daniel Abreu / Casemiro Linarth / h2foz@hotmail.com - contato@luizromanelli.com.br / 41 9648-1104 - 9241-2401 - 3350-419
O líder do governo na Assembléia Legislativa, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), defendeu a responsabilização criminal não só dos seguranças que realizaram o ataque, mas principalmente das pessoas que ordenaram o ato e dão sustentação política a ele. Romanelli qualificou como “barbárie” a ação dos seguranças e afirmou que “eles foram matar por ideologia, como se a terra fosse sagrada, não respeitando a vida”. O deputado estadual Elton Welter, líder do PT, declarou que “foi um absurdo o que aconteceu”. Segundo o petista, é preciso investigar quem está montando as milícias armadas. Welter esteve presente no local do ataque e disse que viu a quantidade de cartuchos de balas espalhados pelo chão. “Na guarita, havia sinais de mais de quinze tiros disparados por armas de alto cali-bre, de uso restrito, e havia furos de bala por todos os lados”, denunciou. “Não havia reféns, e as armas tiradas dos seguranças do campo de experimentos da Syngenta tinham sido entregues à Polícia Militar. Com a chegada da milícia armada, os membros da Via Campesina foram caçados como animais. Uma empresa internacional não pode contratar seguranças para eliminar sem-terras. Não podemos admitir seguranças que vão a uma ocupação para matar”, declarou Elton Welter. A deputada Luciana Rafagnin (PT) também lamentou o que aconteceu na fazenda Syngenta. “Ao chegar ao local da ocupação, o grupo de seguranças perguntou quem eram as lideranças do MST e foi logo atirando”. Segundo ela, muitas pessoas já foram mortas por defenderem o direito à terra para o trabalhador rural e a realização da reforma agrária sem conflito. O deputado Péricles Mello (PT) afirmou que o MST é um movimento pacífico em defesa da reforma agrária. “São pessoas que estão lutando pacificamente por um pedaço de chão”, observou. E acrescentou que “aproximadamente 40 pistoleiros chegaram num ônibus para matar”. Péricles de Mello relacionou o ataque ao MST em Santa Teresa do Oeste ao assassinato do filho de um cronista esportivo em Curitiba. Péricles afirmou que a propriedade privada não é mais importante que a vida das pessoas. “Não se pode colocar no mesmo plano pistoleiros e gente que luta por um pedaço de terra”, destacou. Mello ressaltou que os próprios jagunços falaram que haviam sido contratados por proprietários de terras do Oeste do Paraná. O deputado Edson Strapasson (PMDB) disse que repudia qualquer ação violenta, sobretudo quando implica retirar a vida de alguém. “O maior crime é o crime contra a vida; a vida é mais importante que o patrimônio”, enfatizou.

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