Os deputados estaduais que integram os quadros do Partido da Frente Liberal (PFL) no Paraná lembraram os 20 anos de fundação do partido. A data foi comemorada no último dia 24 de janeiro. Segundo seus representantes na Assembléia Legislativa, Durval Amaral, Élio Lino Rusch e Plauto Miró Guimarães, além do deputado Nelson Justus, 2005 marca o início de um novo horizonte para o PFL nacional e estadual.“Idealizado por um grupo dissidente, a Frente Liberal rompeu com o regime militar no final da década de 80, apoiou a chapa Tancredo Neves/José Sarney à Presidência da República e possibilitou a volta do Brasil ao regime democrático. Hoje, 20 anos depois da sua fundação, o partido mantém sua postura democrática e responsável. Mesmo integrando a oposição, o partido continua sendo um expoente entre as agremiações políticas”, afirma Durval Amaral, que também é líder da oposição na Assembléia.Segundo o líder do PFL na Casa, deputado Plauto Guimarães, que está no partido desde o seu ingresso na vida política, “a intenção de mudar a nome do partido, assim com sua logomarca e partes do estatuto são salutares. O PFL tornou-se um partido forte, mas também precisa se adaptar a realidade eleitoral de hoje. É natural e necessário”, ressalta Guimarães.Segundo a direção do PFL, o partido deve se chamar Partido de Centro Democrático (PCD) ou Partido Democrático de Centro (PDC). A decisão será tomada no mês de maio, quando haverá a convenção nacional do partido. Maio também é o mês onde se comemoram os 20 anos do PFL paranaense. A atual logomarca do partido, em forma de bandeira, também deve ser abandonada, sendo adotado o Canário Terra como símbolo.“Fazer partido não é fácil. Trata-se de exercício permanente do contato com as bases e os anseios da população. As idéias mudam ao sabor dos ventos da modernidade e dos reclamos da civilização. Além disso, com essa mudança, o partido sai revigorado para as disputas eleitorais do próximo ano”, acredita Élio Rusch. Hoje, o PFL nativo detém 25 prefeitos eleitos e outros 310 vereadores nos 399 municípios do Estado.“Tudo indica que haverá uma ampla frente de oposição ao atual governo. A exemplo das eleições de outubro passado, que reuniu PFL, PSDB e PDT em diversos pleitos municipais, deve haver novo consenso para as eleições estaduais. Por isso, essa reestruturação do partido é importante para compor forças em 2006”, assegura Guimarães.