“Na Imprensa Oficial foram impressos 100 mil exemplares para a cidade de Londrina e outros 90 mil para Ponta Grossa”, relatou o deputado.Segundo Rangel, os jornais para o município de Ponta Grossa já teriam sido postados com recursos da própria Imprensa Oficial. O deputado diz ter fortes indícios de que o cadastro da Copel foi utilizado para enviar os jornais.“O cadastro da prefeitura de Ponta Grossa conta com 75 mil residências. Somente o cadastro da Copel poderia ter um número maior. É desvio de finalidade usar o cadastro da Copel para enviar esse jornal”.Outro ponto que gerou suspeitas do deputado foi a contratação de uma empresa para etiquetar os jornais. “O serviço para a etiquetagem foi terceirizado. O diretor da Imprensa Oficial não informou o nome da empresa nem o valor pago por esse serviço”. Rangel questionou ainda a necessidade de abrir uma licitação. “O serviço não era emergencial para ser contratado de maneira direta”, observou.Alguns questionamentos, como o custo de produção e também a ausência de expediente não foram respondidos pelo diretor da Imprensa Oficial. “O diretor apenas informou que tinha papel em estoque, mas não disse quanto custa esse material” relatou.“A ausência de expediente num jornal com cunho político é estranha. Se foi elaborado pela Secretaria de Comunicação e rodado na Imprensa Oficial, porque não avisar isso para a população?”, questionou.Rangel tem convicções de que existem irregularidades em todo o processo de confecção do jornal e espera que os ofícios encaminhados ao Ministério Público e à Secretaria de Comunicação Social sejam respondidos o mais breve possível.“Se os ofícios não forem respondidos entrarei com um mandado de segurança. Enquanto isso, os advogados já analisam quais medidas judiciais poderão ser adotadas para coibir o abuso dessa publicação”, concluiu Rangel.