Doação de Cordões Umbilicais Passa a Ser Lei No Paraná

04/03/2005 18h01 | por Julio Cesar Lima
DOAÇÃO DE CORDÕES UMBILICAIS PASSA A SER LEI NO PARANÁCampanha ampliará o número de doadores. Tratamento pode salvar crianças com câncer. Curitiba (PR) – A doação de cordões umbilicais dos recém-nascidos passou a ser lei no Paraná. A partir de agora, todas as maternidades e estabelecimentos hospitalares do Estado são obrigadas a realizarem campanhas para as doações através de cartazes e contatos pessoais dos médicos com os pais das crianças. Com o projeto de autoria do deputado estadual Marcos Isfer (PPS-PR), aumenta a possibilidade da realização de transplantes de células-tronco, originárias do sangue retirado dos cordões umbilicais. “São pequenos atos que podem salvar milhares de vidas e também auxiliar e despertar na comunidade científica esses estudos”, disse.As células-tronco se formam a partir do oitavo mês de gestação e têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula existente no corpo humano, ajudando no tratamento de vários tipos de tumores e também da leucemia, considerado o tipo mais freqüente de câncer nos jovens.Anualmente milhares de crianças no País são vítimas do câncer e somente 70% conseguem alcançar a cura ou uma sobrevida através de tratamentos quimioterápicos. Assim, 30% dessas crianças tornam-se resistentes às drogas quimioterápicas e somente um transplante de células progenitoras pode proporcionar uma segunda chance de vida para esses pacientes.Segundo Isfer, o projeto vai chamar a atenção das mães, que não deixarão de auxiliar outras crianças. “As mães que darão à luz se sentirão reconfortadas ao saberem que a doação do cordão umbilical de seu recém-nascido poderá salvar a vida de outra criança”. Atualmente os cordões umbilicais não são aproveitados e após o parto são jogados no lixo.Conforme informações divulgadas pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa, o primeiro transplante de medula óssea do País que teve como fonte, o sangue de cordão umbilical de um doador brasileiro, foi realizado em outubro do ano passado em Jaú, no interior de São Paulo. Antes disso, o País precisava recorrer a amostras de sangue em bancos do exterior.Para o deputado, o projeto vai ao encontro da discussão de âmbito nacional sobre o uso das células-tronco. “É um momento importante em que a comunidade médica pode avançar ainda mais em suas pesquisas, com um suporte da lei”, avalia.As primeiras pesquisas sobre o tema aconteceram na década de 1950 e demonstraram que os transplantes poderiam salvar vidas de animais expostos à radiação. Na década seguinte, o médico E. Donall Thomas realizou o primeiro transplante de medula óssea em um homem com leucemia. Julio Cesar LimaMtb.21091/SP41-9611.9163-352.3355julio37cesar@yahoo.com

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