Em dia de visita surpresa, CCJ adota critério rigoroso Deputado federal Felipe Francischini (PSL), presidente da CCJ da Câmara dos Deputados conversou com os participantes do Parlamento Universitário sobre o trabalho na Comissão federal.

22/07/2019 17h50 | por Vanderson Luiz / Eduardo Santana
A CCJ do Parlamento Universitário 2019 se reuniu pela primeira vez nesta segunda-feira (22) e deu início à análise de mais de 70 projetos de iniciativa dos acadêmicos.

A CCJ do Parlamento Universitário 2019 se reuniu pela primeira vez nesta segunda-feira (22) e deu início à análise de mais de 70 projetos de iniciativa dos acadêmicos.Créditos: Dálie Felberg/Alep

A CCJ do Parlamento Universitário 2019 se reuniu pela primeira vez nesta segunda-feira (22) e deu início à análise de mais de 70 projetos de iniciativa dos acadêmicos.

Deputado Federal, Felipe Francischini, presidente da CCJ da Câmara dos Deputados, participou de um bate papo com os estudantes do Parlamento Universitário.Créditos: Kleyton Presidente/Alep

Deputado Federal, Felipe Francischini, presidente da CCJ da Câmara dos Deputados, participou de um bate papo com os estudantes do Parlamento Universitário.

A atriz, cantora e professora Micheli Pucci ministrou uma oficina de expressão vocal e oratória aos participantes do Parlamento Universitário.Créditos: Orlando Kissner/Alep

A atriz, cantora e professora Micheli Pucci ministrou uma oficina de expressão vocal e oratória aos participantes do Parlamento Universitário.

Passada a euforia da posse e dos primeiros embates para a escolha dos integrantes das Comissões temáticas, nesta segunda-feira (22) os deputados universitários realizaram a primeira atividade prática da edição 2019 do Parlamento Universitário na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

Com quase 80 projetos para serem apreciados, a Comissão de Constituição e Justiça passou o dia todo reunida e conseguiu colocar na pauta 53 proposições. E adotou uma postura bastante rigorosa ao analisar as proposições. Até o momento, 13 projetos foram aprovados e seguem para as Comissões temáticas; 15 tiveram a votação adiada e para sete houve pedido vistas. Para 18 projetos foi o fim da linha, já que apresentaram problemas de constitucionalidade e por isso foram arquivados.

Apesar do esforço hercúleo para dar conta da extensa pauta em tão pouco tempo, os deputados universitários encerram o primeiro dia de discussões em êxtase pelo aprendizado. “Eu acredito que estamos conseguindo elevar o nível da discussão e a gente vai aprendendo que os deputados realizam um trabalho intenso. Aprendemos, em pouco tempo, valorizar o trabalho que é realizado no dia a dia aqui na Assembleia Legislativa. São os detalhes que fazem a diferença entre o projeto ser aprovado ou ser rejeitado dentro da CCJ. É uma experiência que todos nós vamos levar para o resto da vida e que vai enriquecer o nosso conhecimento”, ressaltou o acadêmico João Gotardi, da Universidade Estácio.

Anna Gori, da Universidade Positivo, conta que passou o fim de semana debruçada sobre os projetos que foi sorteada para relatar e fez um trabalho minucioso de pesquisa. “Eu fiz três pareceres, de projetos distintos, com duas conclusões para rejeição e um parecer favorável com emenda. Para mim foi um pouco difícil, por estar ainda no primeiro ano de Direito, tive que recorrer à experiência de alguns amigos, mas o resultado foi satisfatório. Importante que as discussões aqui geram muito conhecimento, o debate engrandece a Comissão e o nosso trabalho”, sentenciou.

Um dos projetos rejeitados foi o de Rubens Novicki Neto, acadêmico da Universidade Federal do Paraná. Ele apresentou quatro proposições, das quais três “bateram na trave” e uma ainda sobrevive graças ao pedido de vistas de um dos integrantes da CCJ. Embora frustrado com as rejeições, ele foi compreensível com os argumentos dos colegas universitários e feliz com o que aprendeu até o momento. “Eu tive três projetos rejeitados e um com pedido de vista. Mas a experiência nesse tempo de discussão sobre constitucionalidade e a legalidade foi muito válida. Eu aprendi demais. Nós, enquanto cidadãos, parecemos que somos impotentes, mas quando temos a oportunidade de vir aqui discutir percebemos quanto é complexo o processo legislativo. É um trabalho de escavação nas Constituições Federal e Estadual e mesmo não ficando feliz com a rejeição dos meus projetos, foi uma experiência muito boa. Nada melhor que aprender pela experiência”, revelou. “Quando eu sentei para escrever imaginei que era tranquilo, uma facilidade, pois estava com algumas ideias que imaginei serem excelentes. Quando comecei a escutar os pareceres, concordei com as questões, mas aprendi muito com isso e com a convivência com os demais deputados universitários aqui no Parlamento”.

O diretor Legislativo da Alep, Dylliardi Alessi, que acompanha de perto as votações e comenta e analisa as decisões dos deputados universitários após cada votação, parabenizou os acadêmicos pela disposição de trabalho e por terem dado conta do recado no primeiro dia de CCJ. “O dia foi extenso, com uma pauta enorme, foram muitos projetos apresentados e todos eles têm que ser analisados pela Comissão. Ainda ficou muita coisa para votar, mas foi um dia muito produtivo, com a presença do deputado federal Felipe Francischini, onde os deputados universitários tiveram a oportunidade de conversar com ele e isso certamente ajuda muito na formação dos acadêmicos e no desempenho deles aqui no Parlamento”.

O diretor também elogiou o nível dos debates, os quais ele considerou “espetacular e de um nível elevado”, parabenizou. “Não é à toa que esses estudantes foram os escolhidos entre os 1.419 inscritos. Apesar de jovens, o nível dos debates, dos pareceres, está muito bom. E fica a expectativa que dias melhores virão, porque vão aprendendo, como nesta oportunidade que tiveram de ouvir o presidente da CCJ da Câmara Federal [deputado Felipe Francischini] e com o aprendizado que terão com as próprias atividades aqui no Parlamento Universitário”.

Visita surpresa – Durante os trabalhos dos deputados universitários, eles foram surpreendidos com a visita do deputado federal Felipe Francischini, presidente da CCJ da Câmara Federal. Além de contar sobre o seu trabalho no Congresso e de temas polêmicos votados e outros que passarão por votação em Brasília nos próximos meses, ele foi sabatinado pelos deputados universitários.

“Para mim é bom quando me reúno com estudantes, com professores, para discutir os temas referentes à política. Eu vejo que o Parlamento Universitário é importantíssimo, não apenas porque aproxima quem gosta de política, gosta de estar no Legislativo, porque traz ideias aos deputados estaduais”, afirmou, confessando que enquanto era deputado estadual, aproveitou várias ideias apresentadas no Parlamento Universitário e que se transformaram em projetos de lei.

Ele, inclusive, convidou os acadêmicos a interagir com a Câmara Federal, abrindo as portas da CCJ para ideias e propostas. “Muitas vezes o que é debatido em sala de aula, tem algum projeto que está para ser votado no Congresso e ideias são sempre bem-vindas para enriquecer nossas leis”.

Por fim, Francischini, que no último Parlamento Universitário era deputado estadual, elogiou o bate-papo com os acadêmicos. “Eu gostei bastante. Eu sempre digo que eu aprendo muito mais com os estudantes do que com os deputados no Congresso. A gente fica naquela rotina de trabalho, não tem tempo de ler todo dia algo diferente em termos constitucionais ou direito civil e toda vez que eu encontro estudante, acabaram de ver o tem, tem tudo fresco na memória e para mim é engrandecedor participar deste debate”.

Oratória – Ainda durante esta segunda-feira (22), os participantes da quarta edição do Parlamento Universitário tiveram contato com técnicas vocais de expressão e de oratória numa oficina de voz ministrada pela atriz, cantora e professora, Michelle Pucci. Durante todo o dia, os deputados universitários, divididos em duas turmas, aprenderam instruções básicas de como se comunicar em público através de treinamentos de controle da respiração, projeção de voz, postura e comportamento.

“É importante que os participantes do Parlamento Universitário tenham noção do próprio corpo e estejam presente dentro deles. Eles precisam lembrar que eles têm um esqueleto, os músculos, a boca e os pulmões para falar. Precisam também sempre se lembrar de respirar, prestar atenção na respiração diafragmática. É preciso soltar o corpo para deixa-lo disponível para o que eles precisam fazer, que é falar em público”, explicou Michelle.

Para os estudantes que participaram da oficina, o conteúdo apresentado foi de extrema importância não só para a continuidade do Parlamento Universitário, mas também para o andamento de suas vidas pessoas e profissionais. “Tivemos contato com técnica muito interessantes para falar em público que realmente dão certo. Eu, por exemplo, no início do projeto estava tímida demais e tremia. Agora posso dizer que estou mais confiante para os próximos desafios dentro do Parlamento Universitário”, afirmou Carolina Teixeira, parlamentar das Faculdades Santa Cruz.

“Após o fim da oficina já pude perceber que melhorei meu tom de voz e minha postura, além de ter ficado mais confiante em me comunicar. Antes eu ficava nervosa na hora de falar e perdia as oportunidades de me expressar. Agora me sinto mais a vontade pra falar em público. Tenho que praticar mais as técnicas, mas agora tenho mais autoconfiança”, complementou Estefani Castro, da UniBrasil.

Programação – Os deputados voltam a se reunir na manhã desta terça-feira, a partir das 9 horas, para dar sequência aos trabalhos da Comissão de Constituição e Justiça. Ainda restam 45 proposições para serem analisadas – incluindo as que tiveram pedidos de vistas ou a votação adiada nesta segunda-feira. A novidade do dia é o início dos trabalhos das Comissões temáticas. As matérias aprovadas já foram distribuídas para que os relatores possam fazer os pareceres dentro das Comissões a fim de incluir na pauta das votações de quinta-feira.

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