A situação precária do Instituto Médico Legal (IML) em várias cidades do Estado foi destacada pelo deputado estadual Jocelito Canto (PTB) na sessão plenária desta terça-feira na Assembléia Legislativa do Paraná. O parlamentar utilizou o grande expediente para ressaltar que em vários municípios, além da falta de médicos, as unidades também encontram dificuldades com a falta de técnicos, levando prejuízo para a população, que muitas vezes precisa esperar horas para a liberação do corpo de algum familiar.Segundo o deputado, a situação é vergonhosa, porque a espera para a liberação do corpo pelo IML às vezes chega a 12 horas. A estrutura física de muitos institutos tem sido outro problema, o que impossibilita o trabalho dos profissionais. “Muitas pessoas morrem e ficam esperando dez, 12 horas para a liberação. É uma vergonha, porque quando morre a filha de um bacana, daí a liberação é rápida. Agora se é uma pessoa humilde, tem que ficar esperando”.Em seguida, o parlamentar destacou que votaria contrariamente à criação de cargos na Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Seju), em mensagem enviada ao plenário para apreciação dos deputados. De acordo com Jocelito Canto, é impossível aprovar cargos quando faltam profissionais para atender a população nos IML´s. “Não é nada pessoal contra o governo. Mas por que não se direciona dinheiro aos os técnicos do IML? Enquanto o governo não resolver este problema dos IML´s, não vou votar a autorização de cargos no governo”, disse Canto.PSFOutro assunto levantado por Jocelito Canto foi o não cumprimento de médicos do Programa da Saúde da Família (PSF) quanto ao horário de oito horas no expediente de atendimento à população. Canto ressalta que a saúde deve ser discutida a fundo, sem falsos moralismos, mas com a consciência de que é preciso trabalhar a raiz do problema. O parlamentar protocolou hoje um requerimento com pedido de expediente ao Ministério Público do Paraná para que seja feita investigação no horário e freqüência dos médicos que atuam no PSF.“O problema da saúde está no início, no atendimento básico, portanto, a saúde precisa ser discutida com profundidade. Por isso, estamos protocolando este requerimento para saber realmente se estes profissionais do PSF estão cumprindo as suas atribuições”, afirmou Jocelito Canto.