Juiz coordenador de projeto de combate à evasão escolar é homenageado na Assembleia Legislativa Menção honrosa foi entregue ao juiz da comarca de União da Vitória, Carlos Mattiolli, pelo projeto que promoveu o retorno de 800 crianças e adolescentes às salas de aula por ano desde 2008.

25/10/2021 16h48 | por Trajano Budola
O juiz de direito, Carlos Mattioli, da comarca de União da Vitória, recebeu homenagem da Assembleia Legislativa do Paraná.

O juiz de direito, Carlos Mattioli, da comarca de União da Vitória, recebeu homenagem da Assembleia Legislativa do Paraná.Créditos: Dálie Felberg/Alep

O juiz de direito, Carlos Mattioli, da comarca de União da Vitória, recebeu homenagem da Assembleia Legislativa do Paraná.

O juiz de direito, Carlos Mattioli, da comarca de União da Vitória, recebeu homenagem da Assembleia Legislativa do Paraná.Créditos: Dálie Felberg/Alep

O juiz de direito, Carlos Mattioli, da comarca de União da Vitória, recebeu homenagem da Assembleia Legislativa do Paraná.

A Assembleia Legislativa do Paraná homenageou com menção honrosa, em sessão solene durante a sessão plenária desta segunda-feira (25), o juiz de direito, Carlos Mattioli, da comarca de União da Vitória, vencedor da primeira edição do Prêmio Prioridade Absoluta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o projeto Combate à Evasão Escolar. “Há 13 anos iniciamos a prática por inconformismo com uma porcentagem muito alta de alunos fora da escola”, explicou o magistrado.

De acordo com ele, situações graves estavam por detrás da totalidade na evasão de alunos das cidades de União da Vitória, Paula Freitas, Porto Vitória, Bituruna, General Carneiro e Cruz Machado. Conversas com administrações municipais como a de União da Vitória, comandada à época pelo hoje deputado Hussein Bakri (PSD), proponente da homenagem, mapearam as motivações para as crianças e adolescentes deixarem o ambiente escolar.

“Bullying, risco de suicídio, problemas de ordem mental, alcoolismo e uso de drogas no núcleo familiar, gravidez precoce e relacionamentos precoces que levam a situações infracionais”, falou Mattiolli. De acordo com o juiz, o caminho de prevenção à judicialização foi o caminho percorrido pelo Poder Judiciário para o combate à evasão.

“Nossa proposta de trabalho é em rede e permite que o aluno identificado seja atendido, que a menina grávida ou com filho pequeno possa retornar e o aluno vítima de violência possa ter tranquilidade no estudo”, afirmou. Segundo o deputado Hussein Bakri, a diminuição da evasão é possível com audiências de conciliação e mediação de forma ágil, além de atendimento e orientação a cidadãos com dúvidas jurídicas para a solução de conflitos de violência doméstica.

“Para se ter uma ideia da unidade comandada pelo juiz, são 37 projetos em andamento na comarca de União da Vitória”, disse o parlamentar. “Existe um trabalho muito sério de prevenção junto às famílias, acolhendo alunos em situação de violência e neste momento são beneficiadas 800 famílias”, relatou.

Presente à cerimônia, o desembargador Domingos Thadeu Ribeiro da Fonseca, representou o Poder Judiciário. Para ele, a honraria é justa e merecida. “É com honra que represento o Tribunal de Justiça em ver nossos magistrados premiados pelo CBJ e prestigiados pelo Poder Legislativo. São de políticas de inclusão social que precisamos. Para alcançarmos patamar de país desenvolvido precisamos de nossas crianças nas escolas, pois a base de tudo é a educação”, destacou.

Para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), as palavras elogiosas do desembargador ao juiz Carlos Mattiolli falam da relevância do reconhecimento do projeto por um órgão importante como o CNJ. “Por um brilhante trabalho que vem desenvolvendo e por premiação tão relevante”, falou.

Segundo Hussein Bakri, a sociedade de União da Vitória reconhece o trabalho comandado pelo juiz. “É muito importante que o Paraná adote este projeto que está ganhando corpo e, certamente a partir desta homenagem de hoje, servirá de baliza para todas as comarcas paranaenses”, explicou.

Para o juiz Mattiolli, a homenagem é um projeto além da permanência das crianças e adolescente nas escolas. “A possibilidade de ajudá-las em questões muito sensíveis de violência e que muitas vezes são sonegadas pelo poder público. É preciso buscar o envolvimento de instituições e toda a sociedade. A homenagem é uma grande honra para toda a nossa equipe”, agradeceu.

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