“Nós delegados e delegadas reunidos na I Conferência Municipal da Juventude manifestamos nosso apoio a liberdade e ao direito de todo e qualquer cidadão expressar livremente sua opinião e pensamento, como garante a constituição de 1988. Manifestamos nossa firme posição de sermos contra a toda e qualquer tipo de censura”, ressaltava o documento. O líder do Governo na Assembléia Legislativa, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), destacou nesta segunda-feira (18) a realização da I Conferência Municipal da Juventude em Curitiba. Os jovens reunidos na conferência aprovaram neste sábado (16) uma moção de apoio e contra a censura prévia imposta ao governador Roberto Requião. “Nós delegados e delegadas reunidos na I Conferência Municipal da Juventude manifestamos nosso apoio a liberdade e ao direito de todo e qualquer cidadão expressar livremente sua opinião e pensamento, como garante a constituição de 1988. Manifestamos nossa firme posição de sermos contra a toda e qualquer tipo de censura”, ressaltava o documento. “A liberdade de expressão está ameaçada no Paraná. Os grandes temas da nossa sociedade não estão em discussão. Quando o governador começou a colocar em debate as verdadeiras questões pelo que o Estado passa, o que foi feito? Uma medida arbitrária da justiça calou sua voz”, disse Adriano Cruz, autor da proposta aprovada na plenária da conferência. O encontro de Curitiba serviu de preparação e para a escolha dos delegados para a conferência estadual, que acontece de 21 a 23 de março, em Faxinal do Céu, além de ter definido algumas metas para a política para a juventude em Curitiba. Adriano Cruz, representante do MR8, disse que o Governo do Paraná desperta a raiva daqueles que não admitem o sucesso das políticas públicas do Paraná. “Queremos saber o que realmente acontece nos bastidores do poder e era isso que o governador vinha fazendo, informando a todos o que realmente estava em xeque em nossa sociedade. Com a censura ficou claro que o governador estava incomodando grandes interesses, que nem sempre beneficiam a maioria”. A vice-presidente da UPE (União Paranaense dos Estudantes), Regiane Quetes, disse que a censura contra o governador acabou tirando o direito de liberdade expressão de todos os paranaenses. “A conferência aprovou uma moção contra essa medida prévia que tirou o direito de liberdade de expressão do governador e consequentemente tirou o poder de liberdades de todos”. Regiane Quetes disse que Requião é representante de todos os paranaenses “e se uma medida arbitrária dessas calou sua voz, por conseqüência acabou calando a voz de todos aqueles que divergem da opinião dos grupos dominantes”. “Nós fizemos à moção no intuito de mostrar que o movimento estudantil, o movimento social, é contra isso, contra uma medida que foi imposta por um juiz que todos sabem que é do obscuro do judiciário, nós não podemos aceitar isso”, completou. A União Paranaense dos Estudantes (UPE), também declarou seu apoio à moção. A presidente da UPE, Fabiana Zelinski, acredita que a liberdade expressão é uma das maiores conquistas da população brasileira. “O direito de se poder dizer o que está certo e o que está errado e poder lutar para mudar essa situação só se dá com o direito à liberdade de expressão. Apoiamos a moção ‘de apoio a liberdade de expressão’. Temos recebido declarações de apoio de todo o Brasil contra essa decisão da justiça que censurou o governador Requião. Nosso compromisso é lutar para que todos tenham o direito de manifestar suas opiniões”. Michele Ribeiro da Silva, da Rede de Mulheres Negras do Paraná, disse que é importante os jovens buscar espaços como o da conferência, para que seja possível debater todos os temas, as debilidades, as deficiências que a juventude ainda sofre. “Como que essas questões podem ser resolvidas, se um espaço como este não é aberto, se as pessoas vão ser censuradas em cada coisa que elas forem falar”. “Como é que as situações melhores podem acontecer, nesse caso estamos falando não apenas da situação que ocorreu com o governador, mas que isso possa cada vez mais acabar se alastrando, que essa censura passe também a atingir todas as outras partes da sociedade”.