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Liderança da Oposição

O encalhe do navio UBC Salvador no último dia 26 no canal da Galheta, em Paranaguá, demonstrou a fragilidade do acesso aos portos paranaenses. Apesar dos seguidos alertas dos deputados da Oposição para a iminência de um acidente, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) não conseguiu evitar o desastre.O líder da bancada, deputado Élio Rusch (DEM), lamentou nesta segunda-feira (29) o ocorrido. “Infelizmente se confirmou o que a Oposição alertava há anos sobre o perigo do encalhe de algum navio. E não foram somente os deputados da Oposição que alertaram. A Capitania dos Portos tem reduzido com frequência o calado. Em 2007 era de 12,5 metros e hoje oficialmente é de 11,30 metros”, disse. “Mas o que vimos, na prática, é que a situação está pior. O calado do navio era de 10,41 e não foi suficiente para passar pelo banco de areia no Canal da Galheta”, completou.Rusch lembrou ainda as dificuldades de navegação no Canal, pois se com a maré baixa, durante o dia, já houve encalhe, à noite, com maré alta, a navegação está proibida. “A sinalização no Canal também é precária. Desde novembro de 2008 a navegação noturna está proibida em determinados pares de bóia. O navio não pode entrar de dia porque a maré é baixa e corre o risco de encalhe. À noite tem restrições”, relatou. “O governador e a APPA fazem vistas grossas. Cabe a eles fazer com que o Paraná seja dotado de infraestrutura para que o porto funcione plenamente”.Para o deputado, o encalhe do navio trará grande prejuízo. “As notícias correm e o mundo já sabe deste incidente. As empresas exportadoras e importadoras que já se preocupavam com as condições do porto de Paranaguá vão procurar outros portos para embarcar seus produtos. É preocupante para nós paranaenses, afinal, estão fazendo a felicidade de outros portos que aumentarão ainda mais o seu movimento”.DragagemO líder oposicionista cita ainda que desde que o atual governador assumiu o Paraná não é realizada a dragagem no Canal.“Na época ele rompeu o contrato vigente e desde então nada foi feito. Tentou-se fazer uma licitação em 2007, mas não foi concretizada por não haver apenas uma empresa interessada, mas não foi contratada por ter apresentado um valor superior ao previsto no edital. Até que decidiram fazer uma contratação emergencial”, relatou.O contrato emergencial foi assinado com a empresa Somar para dragar 3,7 milhões de metros cúbicos de sedimentos do Canal da Galheta, num total de R$ 30 milhões.“Espero que essa dragagem amenize a situação do Canal da Galheta. Não creio que irá resolver porque o edital de 2007 previa que fossem retirados 17 milhões de metros cúbicos e o serviço emergencial abrange apenas 20% deste montante e o traçado continuará sinuoso e não retilíneo como deveria ser”.
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