Os deputados de oposição voltaram a criticar que o efetivo da Polícia Militar é deficitário em relação ao que determina a lei e alertaram que o número de policiais não atende o mínimo necessário para reduzir os altos índices de violência no Paraná. “De que adianta aumentar o efetivo da PM no papel se na prática não há contratações?”, questionou o líder da Oposição, deputado Élio Rusch (DEM). “Hoje o Paraná tem um déficit de quatro mil policiais. O total de policiais na ativa é de 17.276 policiais”, completou.A cobrança foi feita nesta quarta-feira, na Assembléia, quando os deputados aprovaram uma proposta do Executivo para aumentar em 256 o número de policiais. A mensagem pede que o efetivo da PM passe de 21.342, (lei 15.746) para 21.598 militares.De acordo com Rusch, além de o efetivo não ser compatível com o que manda a lei, pelo projeto, 113 dessas novas vagas serão preenchidas por meio de promoção. “Nesse caso, o policial será promovido para uma nova vaga criada. Em compensação, a vaga que foi deixada não será preenchida”, destacou Rusch.O deputado Marcelo Rangel ressaltou que o Paraná tem hoje um dos mais baixos efetivos do país. O Paraná possui pouco mais de 10 milhões de habitantes. Calculando pelo efetivo atual temos uma média um policial para cada 595 habitantes.“Se o governo estadual não agir rápido, a situação vai se agravar. Somente nos últimos dias, na cidade de Ponta Grossa, trinta policiais deixaram a corporação e não foram repostos”, afirmou.Rangel defendeu a instalação de módulos para a base do patrulhamento nos bairros e também a melhora salarial dos policiais.“Precisamos de mais efetivo urgentemente para aumentar a segurança. Os módulos precisam ser construídos e é preciso policiais à disposição para atender a população. Os módulos policiais são essenciais e símbolo da segurança nos bairros”, defendeu. “Outro fator que desmotiva o policial é a baixa remuneração. O soldo de um policial é menor que o salário mínimo vigente no país”, concluiu.