“Os alertas estão sendo feitos há muito tempo. Se o governo não fizer a dragagem, e com o traçado correto, há o sério risco de um navio encalhar”, afirmou o líder da Oposição, deputado Élio Rusch, nesta terça-feira (09) ao comentar a resolução da Capitania dos Portos que, novamente, restringe o acesso de navios no Canal da Galheta. “Estamos fazendo seguidos alertas para tentar evitar o pior e, mais uma vez, a Marinha precisou interferir”.Segundo a resolução 086 do último dia 04, os navios maiores de 225 metros e que necessitem de calado superior a 10 metros não podem entrar no Canal à noite. “A resolução exige também que o Canal seja retificado para o formato original, ou seja, em linha reta e não curvo como está hoje. O assoreamento afeta também a largura. Como o Canal está cada vez mais estreito, aumenta o risco de um navio bater. Em certo ponto, a largura que foi de 200 metros hoje não passa de 90”, disse Rusch. “E não foi a Oposição quem assoreou o Canal. É a falta de manutenção que ocasiona o assoreamento”, completou.Segundo o deputado, é preocupante a falta de providências por parte do Governo e também da Superintendência dos Portos de Paranaguá diante das advertências. “São inúmeras as restrições em Paranaguá sem que se faça algo para corrigir os problemas. Hoje o calado é de 11,3 metros e os navios só podem passar se tiver maré igual ou superior a 1 metro”, relatou. “Não dá para aceitar que o Porto de Paranaguá continue nessa situação calamitosa e o Governo continue insistindo em dizer que está tudo belo e formoso”, concluiu.No final do ano passado, no dia 21 de dezembro, a Capitania dos Portos determinou que o calado máximo permitido seria de 11,89 metros.