O líder do Governo na Assembléia Legislativa, deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), apresentou dados dos balanços das seis concessionárias distribuem lucros aos acionistas. Os balanços mostram que até o final de 2007 os lucros distribuídos foram de R$ 238,9 milhões. “Há caso de concessionária que distribuiu lucros ainda em 2000, somente dois anos depois do início da cobrança”, disse Romanelli. Ao desmembrar os balanços, constata-se que a concessionária Viapar - que administra rodovias na região Noroeste e Oeste – começou a operar no azul cinco anos antes do previsto e já distribuiu R$ 53,6 milhões em lucros. Apesar do contrato estipular que o lucro só viesse a ocorrer a partir de 2005. Situação semelhante ocorre com a concessionária Ecovia, que gerencia as rodovias no litoral do Estado. A empresa está no azul desde 2003, três anos antes do previsto pelo contrato (2006). E, desde então, R$ 78,9 milhões foram distribuídos aos acionistas. Já as concessionárias Econorte (que opera no Norte e Norte Pioneiro), Rodovia das Cataratas (região Oeste) e Caminhos do Paraná (que administra rodovias nos Campos Gerais) deveriam lucrar apenas ao final deste ano, contudo as três juntas já disponibilizaram aos seus acionistas R$ 94,1 milhões. A única empresa que não adiantou os lucros foi a Rodonorte, contudo – assim como as outras - já opera no azul. Em 2007, foram R$ 12 milhões divididos entre os acionistas. ESTUDO - O secretário dos Transportes, Rogério Tizzot, adiantou ao deputado que além das demandas judiciais, o Governo do Paraná está formatando um amplo estudo que coloca o modelo do pedágio do Paraná dentro das bases do pedágio federal que apresentou tarifas muito mais baixas. Técnicos do DER (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) trabalham em cálculos que levam em conta a taxa interna de retorno (TIR) – fator que reflete o lucro das concessionárias – estabelecida no edital federal. Nas novas concessões federais, a TIR fica em 8,95 %. Já no Paraná, a taxa chega a 20%. Além da taxa, estão sendo revistos também os custos das concessionárias (administração, obras, serviços, conservação), o cronograma de obras e outros assuntos que venham a possibilitar a redução das tarifas.