O líder do Governo na Assembléia Legislativa, deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), destacou nesta terça-feira (13), a entrega em Curitiba da primeira escola estadual de educação especial do Paraná. “O acesso à educação deve ser democrática. Agora o Paraná conta com uma instituição para atender alunos portadores de necessidades especiais educacionais”, disse Romanelli. A Escola Estadual de Educação Especial Lucy Requião de Mello e Silva tem capacidade de atendimento superior a 260 alunos portadores de necessidades especiais educacionais. O novo colégio funcionará nas instalações do antigo Educandário de Santa Felicidade, que ficou abandonado por quase dez anos. A reforma custou R$ 2,2 milhões e adequou os 2.390 metros quadrados de área construída, distribuídos em dois blocos com biblioteca, pátio coberto, cozinha, refeitório, sala para oficinas profissionalizantes, laboratório de informática, quadra de esportes coberta e espaço destinado à horticultura e jardinagem. ÁREAS DE LAZER – Na semana passada, Romanelli conseguiu aprovar a abertura de crédito especial no valor de R$ 725 mil no Orçamento Geral do Estado para aquisição de dois terrenos ao lado da nova escola. “Os terrenos servirão de apoio ao no Centro Especial de Educação e ao Colégio Estadual Francisco Zardo para a integração de estudantes das duas escolas com a comunidade local, numa autêntica proposta de inclusão”, disse Romanelli. Os terrenos estão localizados ao lado do antigo Educandário Santa Felicidade e somam 8.590 metros quadrados. “Eles serão utilizados como um espaço de convivência e lazer para os estudantes do Centro de Educação Especial e do Colégio Estadual Francisco Zardo e para os moradores da vizinhança das duas escolas”, informou Romanelli. HISTÓRICO - O Educandário Santa Felicidade começou a funcionar em 1953 e abrigava meninos de 4 a 12 anos em regime de internato e semi-internato. Nessa época, era administrado pelas Irmãs Vicentinas. Em 1989 a administração foi transferida para o Instituto de Ação Social do Paraná, e o Educandário passou a receber meninos e meninas de até 18 anos em regime de abrigo. Ainda em 1989, o berçário de Curitiba foi centralizado no Educandário. Em 1997, as crianças foram transferidas para o Educandário Dr. Caetano Munhoz da Rocha e, desde então, o espaço ficou abandonado, sujeito a depredações. Em setembro de 2000, o imóvel foi cedido à Organização Mundial da Família, mas nada foi feito no local, que permaneceu abandonado. Em novembro de 2003, o governador Roberto Requião cancelou a cessão do imóvel, fazendo com que o prédio retornasse ao Estado e pudesse ser reformado para abrigar o centro de atendimento educacional, cultural e profissionalizante para portadores de múltiplas deficiências.