16/02/2009 17h14 | por Zé Beto Maciel/Daniel Abreu/Luiz Filho / h2foz@hotmail.com – contato@luizromanelli.com.br – daniel@luizromanelli.com.br / (41)9241-2401/(41)3350-4120
Os deputados Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) e Professor Lemos (PT) e o coordenador do Fórum Popular contra o Pedágio, Acir Mezzadri, protocolaram nesta segunda-feira (16) denúncia no Ministério Público Federal (MPF) contra a concessionária Autopista Planalto Sul que bloqueou o acesso na BR-116 para três mil famílias residentes na divisa entre as cidades de Mandirituba e Fazenda Rio Grande. O acesso na BR-117, bloqueado há mais de um mês com a instalação de uma praça de pedágio no Km 129 da rodovia, dificulta sobremaneira o acesso de 10 mil moradores dos bairros Jardim Colonial, Jardim Veneza, Campo da Cruz, São Sebastião e localidade Ganchinho que utilizam o histórico ramal ‘Caminho de Rio Negro’ – existente há 278 anos na região. ISOLAMENTO - “Este bloqueio isola os moradores, deixando-os fora de todos os serviços públicos estaduais e municipais, forçando-os a um desvio entre quatro e nove quilômetros”, diz a denúncia assinada por Romanelli, Lemos e Mezzadri. O documento foi assinado ainda pela vereadora Lirani Franco (PT), da Fazenda Rio Grande, e por moradores dos bairros e localidades afetadas pelo bloqueio.Os dois deputados e o coordenador do fórum argumentam que os moradores que trafegam diariamente entre as divisas das duas cidades – por trabalharem em município oposto onde moram, utilizando menos de mil metros de rodovia – “com a implantação da praça de pedágio muito próxima ao perímetro urbano, terão que pagar duas tarifas por dia”.Romanelli, Lemos e Mezzadri colocam mais três pontos que dificultam o acesso aos moradores da região: a falta de ônibus escolares nos bairros – que anteriormente utilizavam o acesso bloqueado – obriga os estudantes às longas e perigosas jornadas diárias a pé; o perigo na travessia da longa pista de dez faixas e a impossibilidade do acesso de veículos emergenciais (como ambulâncias) no atendimento das comunidades; e o impacto imediato na economia local, visto que as indústrias da redondeza empregam mais de mil trabalhadores desta paragem.AUDIÊNCIA PÚBLICA - Além disso, denunciam a inexistência de qualquer procedimento da concessionária em dialogar com os moradores da região e a falta de estudos de impacto para instalação da praça do pedágio e do bloqueio do acesso. “A única audiência pública ocorrida foi em Curitiba, suspensa na metade, para a concessão de todos os lotes, sem convocação à população diretamente afetada. Sequer foi apresentado com antecedência o plano de aplicação das obras, bem como os indicativos de acessos que seriam mantidos ou fechados”, reiteraram.“Embora a concessionária já sinalizou que abrirá o bloqueio, queremos uma resposta afirmativa e um compromisso assinado em documento para as mais de três mil famílias impedidas no seu direito de ir e de vir”, completa Romanelli.