Ato público na Assembleia Legislativa contou com participação do presidente da ANP e definiu pela formação de uma frente parlamentar em defesa da Petrobras Garantir a soberania na gestão dos estudos e da exploração do petróleo da camada pré-sal, sob administração da Petrobras. Esta foi a conclusão do ato promovido na manhã desta segunda-feira (13) na Assembleia Legislativa, por iniciativa das bancadas do PMDB, PT e PDT. O evento contou com participação do presidente da ANP (Agência Nacional do Petróleo), engenheiro Haroldo Lima e definiu pela formação de uma frente parlamentar em defesa da companhia. O presidente estadual e líder do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi, afirmou que a Petrobras é um instrumento de liberação do povo brasileiro. O ato público, com o tema “Petrobras – Patrimônio do Povo Brasileiro”, reuniu deputados estaduais e federais, presidentes de partidos políticos e entidades como CUT, UPE e representantes da sociedade civil organizada. A iniciativa discutiu a importância de fortalecer a companhia, fundada na década de 1950, principalmente com as recentes descobertas das reservas do pré-sal, como ficaram conhecidas as camadas de petróleo no fundo do Oceano Atlântico no litoral brasileiro. Para o deputado Waldyr Pugliesi, a Petrobras é fundamental para garantir a soberania brasileira na extração e no refinamento do petróleo. “A Petrobras é como um instrumento de libertação do povo brasileiro. A companhia não deve ser voltada para o lucro, mas para garantir a presença da gestão pública neste setor tão importante para a economia do nosso país”. Pugliesi lembrou que, ainda quando estudava no colegial, começou sua militância política na campanha em defesa da soberania brasileira nos estudos e na exploração do recurso. “Me lembro quando eram jovem, saímos pichando nos muros que o petróleo tinha que ser nosso. Hoje, as descobertas do pré-sal provam que estávamos certo, por isto é tão importante a defesa da Petrobras como empresa pública brasileira”, completou. PÚBLICA – O presidente da ANP informou que a descoberta das reservas do pré-sal é a maior de petróleo dos últimos 30 anos. Segundo Haroldo Lima, atualmente 60% das ações da companhia estão em poder da iniciativa privada, mas a intenção do governo federal é manter a exploração do petróleo sob a gestão pública. Para isso a União estuda duas frentes, a possibilidade de criar uma nova estatal 100% brasileira e outra o resgate pelo governo das ações da Petrobras. Em relação a CPI da Petrobras, Lima considera inoportuna a formação da comissão no Senado Federal. “A Petrobras é conceituada no mundo inteiro e a CPI pode atrapalhar na captação de recursos internacionais, que serão utilizados na extração do petróleo da camada do pré-sal. A CPI não ficou clara e está relacionada a intenções políticas”, completou. O ato público, coordenado pelo deputado Elton Welter (PT), definiu pela formação de uma frente parlamentar em defesa da Petrobras. O grupo vai atuar em várias frentes para evitar riscos da companhia cair nas mãos da iniciativa privada. O evento contou ainda com participação dos deputados federais Dr. Rosinha e André Vargas (PT), dos presidentes estaduais do PT e do PCdoB, Gleisi Hoffmann e Milton Alves, do presidente da Sanepar Stênio Jacobs, do presidente da CUT, Roni Barbosa, do secretário de Relações Institucionais da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Zenir Teixeira, entre outros.Foto: Ronildo Pimentel