Liderança do Pmdb – Deputado Waldyr Pugliesi

15/04/2008 18h06 | por Ronildo Pimentel / 41 3350-4156 - 9188-8956 / ronipimentel@hotmail.com / imprensa@lideanca.pmdb-pr.org.br / www.waldyrpugliesi.com.br / www.liderança.
“Quando era menino lutávamos pela implantação da Petrobrás. O que é que a direita falava no país? Que não havia petróleo no país”, declarou o líder do PMDB O deputado Waldyr Pugliesi, líder do PMDB na Assembléia Legislativa, defendeu em duas oportunidades nesta segunda-feira (14), a independência e soberania dos povos da América do Sul. “Deputado Ney Leprevost, não se preocupe com essa questão do Paraguai, nem da Bolívia e nem nada. É a luta histórica dos povos. Os povos querem ser livres. Foi isso que o (Nelson) Mandela fez na África do Sul, o Bendela na Argélia, os outros no sudeste Asiático. O Fidel Castro, em Cuba”, declarou Pugliesi ao rebater discursos de deputados do Democratas, herdeiro político dos mentores da ditadura militar no Brasil. De acordo com Pugliesi, a política norte-americana em relação a Cuba foi um desastre. “O que os Estados Unidos ganharam com isso? Cercando a ilha e não deixando que pudesse importar, um bloqueio econômico monstruoso e Cuba está lá. Não se curvaram as ameaças da grande nação, do norte. Mantiveram as suas convicções”, frisou. Na avaliação do deputado, quem sofreu muito foi o povo cubano, que poderia ter tido muitas outras coisas e não teve em função do cerco imperialista. “Mas eles construíram a melhor medicina popular do mundo. Eles construíram nos esportes e na saúde o referencial para todo o mundo”, destacou. Pugliesi contestou ainda a afirmação de que a eleição do ex-bispo Fernando Lugo no Paraguai representa um risco para o Paraná e o Brasil. “Porque ele tem uma profunda ligação com o governador do Paraná (Roberto Requião), seria ótimo para nós estabelecermos relações fraternais? Claro que sim”, afirmou. Pugliesi frisou que os membros do MDB e PMDB, contexto ao qual se insere o governador Requião, defendem a autonomia e a autodeterminação dos povos. “Eles é que têm que resolver os problemas enquanto estão lá dentro dos seus territórios”. O líder do PMDB lembrou que recentemente o governador manifestou na tribuna da Assembléia, que gostaria de ver vitoriosa a campanha de Lugo no Paraguai. Devido a manifestação setores da direta conservadora acusaram Requião de ingerência no processo eleitoral do vizinho país. O deputado garantiu que respeita à direita, porém não concorda com aquilo que ela defende. “Agora estão preocupados com as Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)? Com as eleições do Paraguai? Mas é gozado, nunca vi aqui, por exemplo, (alguém falar que) os Estados Unidos já mataram, pelos dados oficiais, 100 mil iraquianos e os dados extra-oficiais levam ao absurdo número de 500 mil mortes só no território iraquiano”. As Farcs, segundo o deputado, existem há mais de 40 anos e sempre se colocou com um grupo de insurreição contra o regime discriminador e anticristão que existe no país. MUDANÇA – “Pergunto para vocês, quem é que não gostaria em sã consciência que no Paraguai houvesse modificações? O que é que nós temos naquele país? Todo mundo fala: roubaram um carro meu e sei que foi internado no Paraguai. Dali a pouco o carro volta para cá, para a origem”. De acordo com Pugliesi, parece que os herdeiros da ditadura querem que o tráfico de drogas e roubo de veículos continue no Paraguai. Outro exemplo destacado por Pugliesi é com relação a fundação da Petrobrás, na década de 1950. “Quando era menino lutávamos pela implantação da Petrobrás. O que é que a direita falava no país? Que não havia petróleo no país. Hoje tiramos não sei quantos milhões de petróleo todos os dias, como o (Luiz Claudio) Romanelli anunciou aqui a descoberta mais uma jazida”. Em relação ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, Pugliesi informou que o mesmo provocou a ira da Estados Unidos ao decidir não se curvar. “O Chávez faz o enfrentamento. Os americanos estavam mandando na Venezuela como mandavam e ainda mandam aqui no Brasil há séculos”, disse. Pugliesi concluiu afirmando que os deputados do PMDB não podem concordar com as verdades ditas pelos Estados Unidos e os parlamentares da antiga Arena. “Qual é o perigo que temos hoje? Primeiro era o Sadan (Houssein) que estava prestes a invadir Mandirituba. Agora, o Tatuquara corre perigo com as Farcs”, ironizou.**(( Íntegra dos pronunciamentos de Waldyr Pugliesi ))**Primeiro pronunciamento Senhor presidente, senhoras e senhores deputados. O Professor Luizão alinhou aqui as jornadas de trabalho em todo mundo, citando muitos e muitos países. Então quando nós estávamos na Constituinte eu mesmo apresentei uma proposta para que se estabelecesse em 40 horas a jornada de trabalho. A argumentação era a mesma, nós estávamos numa situação dramática em relação aos empregos existentes aqui no País. Então se convencionou muito, através dos patrões dizer que você tem que trabalhar dia e noite, sem parar, para conseguir alguma coisa. Mas neste mundo globalizado que estamos vendo aí não é assim não! Até tem um ditado popular: Quem fica trabalhando não tem tempo para ganhar dinheiro. Essa que é a verdade, o que é que os patrões geralmente falam: teria que aumentar o número de horas trabalhadas na semana. O que os patrões de maneira geral falaram em relação ao estabelecimento do salário mínimo regional, através do Governo (Roberto) Requião? Que não se poderia aumentar o salário mínimo senão nós estaríamos no caos. Pelo contrário e a nossa Deputada Luciana (Rafagnin) sabe disso, que quando aumenta o salário, o mínimo principalmente, você tem a transferência de recursos enormes para a economia e você tem um circulo virtuoso de desenvolvimento. A extrema direita geralmente, ela se coloca dessa maneira. Ela é contra a diminuição do número de horas trabalhadas, é intolerante com isso. Aliás, hoje, nós vimos aqui o Deputado Ney Leprevost, meu amigo pessoal, um bom deputado, ele tem as convicções dele, que me cabe como homem do PMDB, fundador do MDB e do PMDB partido, que atualmente eu presido, mais uma vez. Tenho que respeitá-lo. Deputado Ney Leprevost, não se preocupe com essa questão do Paraguai, nem da Bolívia e nem nada. É a luta histórica dos povos. Os povos querem ser livres. Foi isso que o (Nelson) Mandela fez na África do Sul, o Bendela na Argélia, os outros no sudeste Asiático. O Fidel Castro, em Cuba. A política norte-americana em relação a Cuba foi um desastre. O que os Estados Unidos ganharam com isso? Cercando a ilha e não deixando que pudesse importar. Pelo menos no passado, muitas coisas que ela tinha necessidade das mesmas, um bloqueio econômico monstruoso e Cuba está lá. Não se curvaram as ameaças da grande nação, do norte. Mantiveram as suas convicções. Agora quem sofreu muito foi o povo cubano, que poderia ter tido acesso a muitas outras coisas e, esse povo não teve. Mas, eles construíram a melhor medicina popular do mundo. Eles construíram nos esportes e na saúde referencial para todo o mundo. Uma nação que hoje, depois de tantos e tantos anos está chegando, vamos dizer assim, a 10 milhões de habitantes. Então não seria melhor, Deputado Ney Leprevost, que o Bispo (Fernando) Lugo fosse vitorioso? Porque ele tem uma profunda ligação com o Governador do Paraná. Então o Governador do Paraná sendo muito amigo, e o Lugo muy amigo do Governador, não seria ótimo para nós estabelecermos relações fraternais? Claro que sim. Nós, do PMDB e o Governador se insere nesse contexto, nós defendemos a autonomia dos povos, a autodeterminação dos povos. Eles é que têm que resolver os problemas enquanto estão lá dentro dos seus territórios. Outro dia, o Governador manifestou até desta tribuna, que ele gostaria de ver vitoriosa a campanha do Bispo Católico Lugo, ali no Paraguai. Eu até brinquei outro dia na terra, do meu querido amigo Dobrandino Gustavo da Silva, lá em Foz (do Iguaçu). Olha estou apoiando o Barack Obama, será que não vai haver nenhum problema internacional? A Direita, eu respeito a Direita, não concordo, mas nem matando com aquilo que a Direita defende, mas estão preocupados com as Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Estão preocupados com o resultado das eleições do Paraguai, mas é gozado a hora que você inverte o jogo, eu nunca vi aqui, por exemplo, o Estados Unidos já mataram no mínimo, pelos dados oficiais, 100 mil iraquianos e os dados extra-oficiais levam ao absurdo número que nós temos de 500 mil mortes só no território iraquiano. Agora voltando a Cuba, a grande obra dos Estados Unidos dentro de Cuba, a tortura na Base de Guantanamo. O que era Cuba no passado? Uma zona de prostituição, um Cassino monumental, onde os ricos, as elites norte-americanas mandavam e corrompiam quem bem entendiam. Agora não. Os povos se levantam, as transformações são necessárias. Pergunto para vocês, quem é que não gostaria em sã consciência que no Paraguai houvesse modificações? O que é que nós temos naquele país? Todo mundo fala: roubaram um carro meu e sei que foi internado no Paraguai. Dali a pouco o carro volta para cá, para a origem. Nos últimos dias foram apreendidas não sei quantas toneladas de maconha vindas do Paraguai. E Ney Leprevost e os outros parecem que querem a continuidade disso. As Farcs existem há mais de 40 anos. É um grupo de insurretos, eles se colocaram contra o regime discriminador, discricionário, anticristão que nós temos naquele país. Você não pode tolher o direito dos povos de se levantarem. A democracia é boa por causa disso. A gente se rebela aqui, se rebela na rua. Sou um rebelde permanente. Por exemplo, ouvi aqui críticas a Petrobrás. Quando eu era menino, que nós lutávamos pela implantação da Petrobrás, o que é que a direita falava no país? Que não havia petróleo no país. Hoje nós tiramos não sei quantos milhões de petróleo todos os dias, como o (Luiz Claudio) Romanelli anunciou aqui – “descoberta mais uma jazida de bilhões e bilhões, me parece 33 bilhões de barris de petróleo”. E eu apanhei porque falava que tinha petróleo e a polícia a mando dos Governos da época baixavam o porrete nos estudantes. Isso me dá ainda a esperança que aqui na América os povos se levantem e construam as suas nações. Obrigado!Segundo pronunciamento Senhor Presidente, o debate político, ele me fascina. Agora, forçoso reconhecermos que o debate político mesmo para determinados políticos não interessa muito. É o toma lá, dá cá. Esses são sim aqueles que nunca vão conseguir fazer a transformação dessa sociedade que temos, extremamente injusta. Por exemplo: vi aqui nesta Casa muitas críticas ao Evo Morales (presidente da Bolívia). E gente ficava chocada em ver que um índio com aquele corpanzil todo de indígena que é até singular, pudesse afrontar no entendimento dele. O que se faz? O Evo Morales está confrontando com a Petrobrás. Eu estava dizendo aqui da luta de muitos brasileiros desde a primeira hora, em favor da criação da Petrobrás. Volto a repetir: nós temos petróleo. Então, eu defendia o direito dos brasileiros explorarem o petróleo e serem beneficiários do petróleo que temos aqui. Mas, a hora em que chegamos ao Poder através do companheiro Lula, nós deveremos encantoar a Bolívia, os indígenas de lá, os povos nativos, os pobres contra a parede. “Não, nós defendíamos o petróleo para nós, agora o petróleo de vocês tem que ser para a gente”. Não é assim. Líder Romanelli, não é desse jeito. Inclusive, os Estados Unidos, o que eles têm para se colocar assim de maneira clara contra o (Hugo) Chávez? Que o Chávez faz o enfrentamento dos americanos. Mas, os americanos estavam mandando na Venezuela como mandavam e ainda mandam aqui no Brasil há séculos. E aparece um Coronel de esquerda que não usou a farda contra os pequenos, contra os soldados e os cabos, ele enfrentou os generais que vendiam o seu país. E com quem ele se coligou? Com Cuba que tem 20 mil médicos trabalhando praticamente de graça, para cuidarem da saúde dos venezuelanos. E nós queremos o que com essa posição? Olha, as Farcs estão aqui na divisa, vem o Evo Morales, agora vem o Lugo. Não é por aí. O Governo aqui do estado tem uma posição na administração. As linhas mestras estão colocadas aí. Acima de tudo o interesse público. Agora, não podemos, deputados do PMDB, desta Casa, não podemos concordar com essas verdades dos Estados Unidos. Qual é o perigo que temos hoje? Primeiro era o Sadan (Houssein) que estava prestes a invadir Mandirituba. Agora, o Tatuquara corre perigo com as Farcs. Daí a pouco, não sei o que vai acontecer. E a situação, presidente, vai piorar ainda no relacionamento que estou sabendo que o nosso companheiro Doático Santos também está se dirigindo para o Paraguai. Então, vamos ter uma revolução aqui na América Lática. Lembro-me , era muito novo, aqui tinha um Embaixador Americano chamado Lincoln Gordon. Eles patrocinaram um golpe militar aqui no Brasil. Fizeram de tudo para fazer com que o povo brasileiro não se organizasse. Tanto é que o regime militar teve como coisa principal, deputada Rosane (Ferreira), desmantelar a Federação das Mulheres, porque elas estavam se organizando - não aquelas que foram para as ruas, para defender o Golpe Militar, que nem conheciam a situação. Só se falava que iriam tomar os apartamentos, os sítios e as fazendas deles. Eles grafaram “Brasil, Ame-o ou Deixe-o”. Amar o Brasil, era entregar ele, como o Fernando Henrique (Cardoso) entregou, a pouco, agora, através da doação que ele fez da Vale do Rio Doce. O que eles queriam? Que nós, jovens, ficássemos aí acovardados no meio do caminho. Nós nos levantamos. O que fizeram com a União Nacional dos Estudantes? Mataram alguns, desmobilizaram milhares, agrediram. Esse é o regime que muita gente quer no Brasil: o governo dos brancos e ricos. As mulheres, nós estávamos falando, nessas peregrinações do meu partido – deputada Beti Pavin, o que é que as mulheres faziam? Não podiam votar, porque era uma determinação dos homens. Que homens? Os brancos. Mas só os brancos? Não. Tinha que ser proprietário, senão também não votava. O povo se rebela e vai na busca da justiça, da democracia e da liberdade. Chega de roubalheira! Convencionou-se dizer, aqui, que os brasileiros pagam como ninguém os impostos. A carga tributária é muito alta. Deputado (Edson) Strapasson, você sabe de que para cada real que se paga, três são sonegados? Esse é o dinheiro que falta lá, Élio Rusch, na sua cidade. Porque a elite dominante determinou que fosse dessa maneira. Então, os povos se rebelam, se rebelaram na África, na Ásia e estão se rebelando por último, na América Latina. Já vi crimes inomináveis serem praticados por esses donos do mundo. Lembro-me de helicópteros norte-americanos carregados, até em excesso, de agressores americanos, lá no Vietnam. Aquele povo de lavradores do Vietnam, os guerrilheiros, os Vietcongues, colocaram a nação mais poderosa do mundo a correr, com as calças na mão. Essa é a santa indignação dos povos. Ou vocês querem que o Paraguai seja o quê? Um território sem liberdade e sem democracia. Fui lá enquanto deputado juntamente com outros deputados, quando era governo do general (Alfredo) Stroessner. Vamos lá na tentativa de salvarmos a vida do Domingo Laino, que era candidato à Presidência da República. Tivemos apoio lá da Igreja Católica. Não tivemos o apoio da Embaixada Brasileira, mas fomos lá. Como a minha mulher foi ao Chile, no tempo do (Augusto) Pinochet, comandando um grupo de mulheres brasileiras, para se colocar contra as ditaduras. Vou fazer isso até o último momento da minha vida. Não me curvarei diante daqueles que pegam a alma, o coração, os sonhos dos povos e jogam na lata de lixo, com essa mentira do mercado. O mercado que “vá para o diabo, que o carregue”. Ele tem que se submeter ao interesse público, senão não vale para nada. Essa é a minha posição e acredito que seja a dos que se interessam pelas transformações. Esperamos chegar com o Lugo no Paraguai. Obrigado!

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