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Máquina Governista Aprova Farra de Cargos Na Saúde

Os deputados da base governista derrubaram na noite desta terça-feira (13), em sessão extraordinária na Assembléia Legislativa, as emendas apresentadas ao projeto do Executivo que cria 182 novos cargos para a saúde.A emenda apresentada pelo deputado Reni Pereira (PSB) que determinava prazo de um ano para que o Governo do Estado realizasse concurso público para os cargos de diretores dos novos hospitais regionais foi rejeitada por 27 votos a 14. A outra emenda proposta pela Comissão de Saúde e que reservava três cargos comissionados tipo DAS-1 para a direção dos Hospitais Universitários do Paraná foi rejeitada por 26 votos a 13.Os deputados da Oposição pretendiam impedir o governador Requião de ter carta branca para indicar os 182 cargos. “Esses hospitais serão usados para a transformação de um feudo político”, disse o líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB). “Imaginemos um governador que goste de contratar parentes e compadres políticos. Ele vai chegar em uma determinada região e a liderança política daquele lugar vai indicar alguém para ocupar o cargo. Mas nem sempre essa pessoa tem a capacidade para assumir a função”, exemplificou.Rossoni ressaltou que é a favor do projeto, pela carência de profissionais na área e pela necessidade de aumentar o quadro, mas destacou a importância do concurso público. “O diretor-geral poderia ser contratado por cargo em comissão, mas as demais diretorias, não. O concurso público é o melhor caminho para valorizar os profissionais da área”.O deputado lembra ainda que o caráter técnico que o atual governo prega nas contratações de determinadas áreas reforçam a necessidade da realização de concurso público. “Como é que foi escolhido o diretor do Porto de Paranaguá? É por competência técnica? Qual o conhecimento dele na área?“, questionou. Contratação Imediata O vice-líder da Oposição, deputado Élio Rusch (DEM) lembra que a emenda que prevê a realização de concurso público preservava o direito de o governador contratar imediatamente os funcionários para os hospitais que já estão prontos.“Se o hospital está pronto e com equipamentos o governo precisa contratar, e a emenda garantia esse direito. Os hospitais prontos não deixarão de funcionar por falta de pessoal. A emenda regulamenta que dentro de um ano essas pessoas serão substituídas por outras mediante concurso público. É uma emenda sensata que deveria ter sido aprovada”, lamentou.Rusch teme que com a aprovação dos cargos, os novos diretores sejam contratados de imediato enquanto que alguns hospitais ainda não têm previsão para a conclusão das obras.“Alguns hospitais estão em construção e outros ainda nem saíram do chão. Espero que num futuro próximo não tenhamos que denunciar que os cargos já foram preenchidos e os hospitais ainda não foram concluídos”.
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